A Bienal do Livro de Curitiba fecha sua primeira edição com mais de 45 mil visitantes. A estimativa é da Agência Esfera, promotora do evento, que terminou ontem.
Durante os nove dias da Bienal, além de ficar por dentro dos principais lançamentos dos melhores escritores brasileiros, o público curitibano pode acompanhar espetáculos de música, teatro e dança.
Para o diretor da Agência Esfera, Julcio Torres, o evento cumpriu o objetivo de estimular o hábito da leitura e aproximar os leitores dos escritores, para o debate das idéias e a celebração do encontro da criação com o seu público.
“O evento também trouxe cultura e a arte à população, não só da capital como de várias partes do Estado. Essa Bienal deixa Curitiba em evidência da literatura nacional. Agora, a cidade faz parte disso”, diz.
Para Torres, a Bienal do Livro de Curitiba foi um sucesso por se caracterizar por ações inéditas em eventos literários. “Essa Bienal não é apenas uma simples feira de livro, mas um espaço de discussão e interação com a arte”, afirma. Para ele, o evento também foi marcado pelo know-how dos palestrantes e expositores.
“Trouxemos 30 escritores de alto nível, entre eles membros da Academia Brasileira de Letras, que consideraram suas participações positivas e pretendem participar das próximas ocasiões”, diz.
Mesmo com o sucesso do evento, Torres ressalta que ainda existem pontos a evoluir. “Essa foi apenas a primeira Bienal. Para a próxima, que já está lançada para 2011, pretendemos atingir mais escolas e universidades e promover ainda mais oficinas”, afirma. Segundo ele, a Bienal recebeu em média 2 mil alunos por dia. Para esta sexta-feira, são esperados 3,2 mil alunos de redes municipais e estadual.
O curador da Bienal, Alcione Araújo, cita a consolidação do tema como um dos pontos positivos fundamentais para o sucesso do evento. “A avaliação geral da proposta, baseada no tripé meio ambiente, educação e cultura, foi muito boa”, afirma. Para ele, os assuntos, de extrema relevância no atual contexto social e econômico, apimentaram os debates.
Araújo afirma que a Bienal mostra que é possível discutir relações entre a literatura e as demais ciências do conhecimento como, biologia, matemática. “Isto é sensacional. A literatura pode penetrar em todos os níveis do saber”, diz.
Para o curador se anima com a previsão das próximas bienais. “A mais é sempre mais difícil. O sucesso desse primeiro evento abre a possibilidade para outras bienais, que devem se tornar tradição em Curitiba. As já consolidadas de São Paulo e Rio de Janeiro têm 30 anos”, diz.
| Fábio Alexandre |
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| Estimular o hábito da leitura em jovens e adultos foi o principal objetivo. |