Atriz espanhola foi destaque do Festival de Londrina

A diversidade cultural foi a marca da 35.ª edição do Festival Internacional de Londrina (Filo), que terminou no fim de semana. Na programação, desde a mais avançada pesquisa de linguagem como no caso dos três espetáculos trazidos pela atriz e coreógrafa espanhola Marta Carrasco até a expressão mais visceral e contundente de um grupo de detentas do 2.º Distrito Policial de Londrina. Ao longo de 30 dias, foram mais de 104 apresentações de espetáculos do Brasil e de outros 11 países da América e da Europa.

Uma digital e um olho humano foram os signos escolhidos para o cartaz do Filo 2002. Sabe-se que hoje a íris serve para identificar um homem tanto quanto sua digital. O conceito do olhar do artista sobre o mundo como símbolo de identidade cultural orientou a programação do festival, perpassou palestras e outras manifestações, como exposições de fotos feitas por garotos da periferia, e, como desejado, acabou por interferir no olhar do espectador. Desde sua 30.ª edição, o Filo ambiciona tornar-se mais que mera mostra de espetáculos avaliados por critérios x ou y de evolução de linguagem cênica. Ambiciona ser painel de expressões de diferentes culturas – cultura entendida no sentido mais amplo, como escala de valores, modos de vestir, padrões de comportamento e pensamento – e também estímulo a expressão culltural de grupos comumente sem acesso a esse tipo de manifestação.

Dentro do contexto do festival, a cena final do espetáculo das presidiárias (uma mulher alta e bonita que, com gestos lentos e teatrais, acaricia sua barriga de grávida, ao som da canção francesa ?Ne me Quite Pas?) transforma-se num imagem tão expressiva quanto a mais requintada criação da espanhola Marta Carrasco, um dos destaques da programação internacional. (Fonte:AE) 

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