Até domingo, Café Amsterdã terá debates com autores brasileiros e holandeses

Um lugar para jogar conversa fora, falar da vida dos outros, tomar uma cerveja ou uma genebra. Carpete vermelho, mesa para carteado, decoração parada no tempo. Há centenas de cafés em Amsterdã com essas características e, apesar de sofrerem com a concorrência dos bares mais moderninhos, eles resistem – e, ainda, servem de inspiração para outras iniciativas.

Há quase uma década, a Fundação Holandesa das Letras decidiu que conectaria essa ideia de um lugar onde as pessoas pudessem conversar tranquilamente à literatura e criou o seu Café Amsterdã, um festival itinerante para apresentar a produção literária de seus autores e promover o debate com escritores dos países onde é realizado. A estreia foi em Praga, em 2007. De lá para cá, o evento já passou por cidades como Frankfurt, Shangai, Budapeste e Buenos Aires, e chega nesta quarta, 26, a São Paulo. Na próxima semana, o evento desembarca no Rio.

Participam da edição paulistana sete autores holandeses, todos com livros já editados ou saindo da gráfica. Isso porque o principal objetivo da fundação é divulgar a literatura de seu país – e ela faz isso visitando editores, apresentando autores e subsidiando traduções. “Depois de traduzido, precisamos fazer com que o livro chegue ao leitor, e, assim, apoiamos viagens de autores que vão participar de eventos internacionais e promovemos os nossos, como o Café Amsterdã”, explica Tiziano Perez, diretor da fundação, que está investindo 100 mil euros no festival.

A programação inclui escritores dos mais diferentes gêneros. Arnon Grunberg é o mais badalado. Dele, a Globo publicou Amsterdã Blues e Dor Fantasma, esgotados. Agora, a Rádio Londres lança Tirza, considerado seu melhor romance e que já virou filme. Marjolijn Hof é um dos principais nomes da literatura juvenil da Holanda. Seu livro Um Fio de Esperança saiu pela WMF Martins Fontes.

O poeta Arjen Duinker vem a São Paulo pela segunda vez, mas só agora ganha um título. Antologia Provisória, da Confraria do Vento, sai da gráfica em tempo da edição carioca do evento.

Barbara Stok apresenta Vincent, graphic novel sobre Van Gogh editada pela L&PM. Janny van der Molen, o infantil A Guerra Lá Fora – O Mundo de Anne Frank (Rocco). Tommy Wieringa lança Joe Speedboat pela Rádio Londres e Toine Heijmans, No Mar, um dos melhores romances da leva, pela Cosac Naify. Entre os autores daqui, Daniel Galera e João Carrascoza.

Outro convidado é o ator Ton Meijer. Herdeiro dos direitos de O Arame Alexandre (34), de Sieb Posthuma, seu companheiro morto em 2014, ele apresenta a peça que criou com base neste livro infantil que conta a história de Alexander Calder. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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