Amor de improviso: teatro como jogo

Amor de improviso é um espetáculo improvisado. A platéia terá a oportunidade de sentir a força de uma manifestação artística que jamais se repetirá. Fragmentos de inúmeras histórias de amor, instantâneos que são interpretados pelos atores à sua maneira, construídos naquele instante. O enredo e as histórias se criam aos olhos do público, onde a emoção de uma primeira descoberta é compartilhada com todos e torna-se uma experiência única e fascinante.

A trilha sonora e a iluminação também são feitos na hora e operados pelos próprios atores. O cenário é simples e a atmosfera intimista. Relações, cenas, histórias, tudo se cria naquele instante, com o olhar e a respiração do público por perto. Os espectadores assistem à peça do palco, junto com os atores, assumindo papel de testemunhas e se tornam parte fundamental do processo.

Depois de uma consistente trajetória de cinco anos de trabalho – um infantil, A ilha desconhecida (de José Saramago), um monólogo, Loucura (com Gabriel Miziara), e uma peça sem palavras A hora em que não sabíamos nada uns dos outros (de Peter Handke) – a Companhia Elevador de Teatro Panorâmico expõe agora o método de criação utilizado na montagem de todos os seus espetáculos, que vem sendo desenvolvido há mais de seis anos, objeto de mestrado do diretor Marcelo Lazzaratto na Unicamp. A partir disso foi construída esta obra, o processo como linguagem, que é o quarto espetáculo da cia. apresentado no Festival de Curitiba.

 Amor de improviso é a concretização de uma linguagem cênica derivada de um exercício improvisacional chamado ?campo de visão?. Cada ator tem seus próprios fragmentos de textos. Como o amor é um tema que passa pela subjetividade, cada um escolheu o que dizer, a partir do seu jeito de amar e de ser amado.

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