Após 32 anos de carreira, Alcione chega a seu 33.º álbum provando toda sua energia e versatilidade musical no disco De tudo que eu gosto, em que seguiu à risca o título do trabalho e gravou faixas que a agradam, independente dos estilos. Ela vem a Curitiba para única apresentação no palco do Teatro Positivo, na próxima quinta-feira, trazendo as 14 canções quase totalmente inéditas de seu álbum mais recente, sem deixar de lado os clássicos que marcaram sua carreira. No show, Alcione mostrará aos fãs lados que extrapolam o rótulo de sambista, interpretando canções do último disco como Perdeu, Perdeu, Agarradinho e Guiné, Guiné, que são influenciadas pelo forró e até por levadas de reggae.
Trajetória
Alcione Nazaré nasceu em São Luís do Maranhão. Desde pequena, vivia em contato com a música graças a seu pai, que era maestro da banda da Polícia Militar de São Luís do Maranhão e professor de música. Foi ele quem ensinou Alcione a tocar diversos instrumentos de sopro, como o clarinete, e a incentivou a estudar música a partir dos 12 anos, quando começou a se apresentar nos palcos de sua cidade. Em 1968, Alcione se muda para o Rio de Janeiro e, enquanto trabalha em uma loja de discos, se apresentava à noite em boates cariocas. Na mesma época, a cantora ganhou destaque ao vencer as duas primeiras eliminatórias do programa A Grande Chance, de Flávio Cavalcanti, o que resultou em seu primeiro contrato profissional com a TV Excelsior, para apresentar-se no programa Sendas do Sucesso. Depois de seis meses na emissora, Alcione realizou uma turnê de quatro meses pela América Latina. Após retornar ao Brasil ela foi para São Paulo. Lá, conheceu o cantor Jair Rodrigues, responsável por levá-la à gravadora PolyGram, em que iniciou as gravações de seu primeiro álbum, A voz do samba, lançado em 1975, que lhe rendeu seu primeiro Disco de Ouro. Ao longo de seus 33 anos de carreira, Alcione já conquistou dezenove discos de ouro.
Curiosidades
* Alcione declarou aos fãs que as músicas que mais a emocionam quando ela as interpreta no palco são Cajueiro velho, de autoria de seu pai João Carlos, e Explode coração, de Gonzaguinha.
* Segundo a cantora, os segredos para manter uma voz tão expressiva são: sono regular, não beber, não fumar, fazer gargarejo com soro fisiológico e tomar banho frio. Ela ainda revela ser alérgica à água quente.
* Em seu camarim não pode faltar água natural, café quente com manteiga e bananas. Segundo ela, banana é uma de suas frutas favoritas.
* A cantora foi tema do samba-enredo da escola de samba Unidos da Ponte, no carnaval de 1994. O título do samba-enredo era Marrom da Cor do Samba.
* Ela foi homenageada em sua terra natal, São Luís, com a fundação de um teatro, localizado no centro histórico da cidade, que leva seu nome.
Serviço
Dia 19 de junho, às 21h, no Teatro Positivo. Ingressos: variam de R$ 180 a R$ 120. informações: (41) 3315-0000.