Academia Brasileira de Letras determina luto de três dias

O presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Acadêmico Marcos Vinicios Vilaça, mandou, logo após saber da morte do escritor português José Saramago, Sócio Correspondente da ABL e único Prêmio Nobel de língua portuguesa, que se fizesse cumprimento de luto acadêmico, e que a bandeira da Academia fosse hasteada a meio mastro, na entrada de sua sede por três dias.

“A Academia estava aguardando a informação de quando José Saramago viria ao Rio para providenciara organização da sua posse na Cadeira 16 de Sócio Correspondente. A notícia nos deixou em estado de enorme tristeza. A próxima sessão acadêmica, quinta-feira que vem, dia 24, na ABL, será dedicada à memória do grande escritor português, por quem sempre tivemos o maior respeito e admiração”, afirmou o Presidente Vilaça,

Saramago na ABL

José Saramago foi eleito Sócio Correspondente no dia 9 de julho do ano passado para a cadeira nº 16, na vaga do escritor francês Maurice Druon, e deveria tomar posse ainda este ano, assim que a agenda permitisse. Ao saber da eleição, Saramago dedicou sua coluna no Diário de Notícias de Lisboa à Academia Brasileira de Letras. Disse que a notícia lhe tinha sido dada pelo Acadêmico Alberto da Costa e Silva e complementou:”Eis-me portanto acadêmico no país que mais amo depois do meu, o Brasil. É como estar em casa”.

Assim que ficou sabendo de sua eleição, Saramago disse que estaria no Rio em outubro do ano passado, para o lançamento em todo o Brasil de seu livro “Viagem do Elefante” e afirmou: “Em outubro lá irei, a apresentar um novo livro e a sentar-me à sombra de Machado de Assis. E ainda dizem que a vida não tem coisas boas…”

A Secretária-Geral da ABL, Acadêmica Ana Maria Machado, também lamentou o falecimento de Saramago: “As letras brasileiras se associam à dor de seus leitores por todo o mundo, lamentando sua partida e celebrando sua literatura que permanece. Um sábio, um grande escritor, um ser humano de primeira grandeza”, afirmou.

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