As oficinas do 7o. Festival de Cinema, Vídeo e DCine de Curitiba, previstas para iniciarem esta semana, foram adiadas para o segundo semestre. A data da realização das aulas ainda não foi determinada. De acordo com a organização do festival, os ajustes no calendário foram conseqüência das mudanças das diretrizes governamentais com relação ao apoio a projetos culturais.
As seis edições anteriores do Festival tiveram o patrocínio da Copel por meio da Lei do Audiovisual. A partir deste ano, com as adaptações na lei federal, que submete os projetos às secretarias de Comunicação Social, além das secretarias da Cultura, os festivais realizados no primeiro semestre tiveram verbas reduzidas. “Mas os festivais de Recife e de Brasília contaram com o patrocínio dos estados. Nós ainda estamos aguardando uma posição do governo do Paraná, que sabe da responsabilidade do evento e está empenhado para que ele aconteça”, explica a diretora do Festival de Curitiba, Cloris Ferreira.
De acordo com o regulamento das oficinas, a devolução da taxa de inscrição está prevista apenas em caso de cancelamento das aulas. Portanto, a organização do Festival irá analisar individualmente os casos de alunos já inscritos que não poderão adaptar sua agenda à mudança de data.
Além do adiamento, uma reestruturação na programação do festival foi necessária para garantir a realização do evento. A mostra de filmes latinos, prevista para acontecer durante o festival, que será entre os dias 19 e 24 de maio, no Canal da Música, foi cancelada devido ao alto custo do projeto. “Preferimos manter a programação que envolve produção nacional”, diz Cloris. Segundo ela, os debates e encontros serão realizados, mas terão um número menor de convidados em comparação com o projeto inicial.
Em paralelo às mostras oficial e competitivas, serão realizados, no Canal da Música, encontros de críticos e distribuidores, debates com roteiristas, produtores e diretores, além de visitas de escolas e universidades ao Festival.