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10 frases para lembrar Cora Coralina, que morreu há 33 anos

Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas nasceu no dia 20 de agosto de 1889, na Cidade de Goiás, e morreu no dia 10 de abril de 1985. Ao longo de seus 95 anos, viveu muitas vidas – e uma vida de luta por aceitação, na família, e sobrevivência e de muita criação, seja de seus versos ou seus doces. Descoberta tardiamente, em 1980, Cora Coralina é hoje uma das poetas mais queridas do Brasil.

Recentemente, sua história foi contada no filme Cora Coralina: Todas as Vidas, que traz no elenco Walderez de Barros, Tereza Seiblitz, Camila Márdila, Zezé Mota e Beth Goulart e conta com depoimentos de familiares, amigos e pesquisadores da obra da poeta. O filme é inspirado livremente no livro Raízes de Aninha.

Veja a seguir 10 frases da poeta dos becos de Goiás:

“Sendo eu mais doméstique do que intelectual, não escrevo jamais de forma consciente e raciocinada, e sim impelida por um impulso incontonável. Sendo assim, tenho a consciência de ser autêntica.”

“Venho do século passado. Pertenço a uma geração ponte, entre a libertação dos escravos e o trabalhador livre. Entre a monarquia caída e a república que se instalava. Todo ranço do passado era presente. A criança não tinha vez, os adultos eram sádicos e aplicavam castigos humilhantes.”

“Sou mais doceira e cozinheira do que escritora, sendo a culinária a mais nobre das artes: objetiva, concreta, jamais abstrata., a que está ligada à vida e à saúde humana.”

“Nasci num berço de pedras. Pedras têm sido meus versos, no rolar e bater de tantas pedras.”

“A vida é boa. Você pode fazê-la sempre melhor, e o melhor da vida é o trabalho.”

“Sinto que cede meu valor de mulher de luta, e eu confesso: estou cansada.”

“Sou mulher como outra qualquer. Venho do século passado e trago comigo todas as idades.”

“Na minha alma, hoje, também corre um rio, um longo e silencioso rio de lágrimas que meus olhos fiaram uma a uma e que há de ir subindo, subindo sempre, até afogar e submergir na tua profundez sombria a intensidade da minha dor!…”

“Quando escrevo, escrevo por um impulso interior que me vem do insondável que cada um de nós trás consigo. Mas uma coisa eu digo a você: ontem nós falamos nas pessoas que ainda estão voltadas para o passado. E eu digo a você: não há ninguém que não faça sua volta ao passado ao escrever. Nós todos fazemos. Nós todos pertencemos ao passado. Todos nós. Queira ou não queira. É de uma forma instintiva. Nós todos estamos ligados muito mais aos nossos avós do que aos nossos pais.”

“Ajuntei todas as pedras que vieram sobre mim. Levantei uma escada muito alta e no alto subi. Teci um tapete floreado e no sonho me perdi.”meus olhos fiaram uma a uma e que há de ir subindo, subindo sempre, até afogar e submergir na tua profundez sombria a intensidade da minha dor!…”

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