Zetti tenta levantar astral do grupo paranista

O Paraná Clube quer esquecer a Libertadores.

O trabalho da comissão técnica, desde ontem à tarde, é levantar o astral do grupo e manter o foco na busca pelo oitavo título estadual de sua história. O Tricolor terá que vencer por dois gols de diferença o Paranavaí – às 15h55, na Vila Capanema – para levantar o troféu sem a necessidade de prorrogação ou penalidades máximas. Missão difícil diante de um adversário invicto contra clubes da capital na atual temporada.

No último domingo, o Paraná perdeu uma invencibilidade histórica. Desde a sua fundação, o Tricolor jamais havia sido derrotado por um time do interior numa fase final do Estadual. O 1×0, no noroeste do Estado, derrubou esta marca. ?Não temos outro caminho senão buscar os gols e o título?, disse o meia Gérson, ainda inconformado com a bola que acertou na trave, frente ao Libertad.

?Fizemos um bom jogo, mas recuamos demais em alguns momentos?, lembrou Gérson, deixando transparecer que o revés na Libertadores ainda está gravado na mente de todos. O Paraná, nas duas últimas partidas, só levou gols de bola parada. Um alerta diante de um adversário que certamente irá apostar na forte marcação e nos contragolpes para tentar o título inédito. ?Temos que atacar, mas com inteligência, sem dar espaços?, disse o lateral-direito Léo Matos, agora titular da posição.

A necessidade de marcar gols não pode se refletir em ansiedade. ?Temos que fazer o nosso jogo. Pressionar, mas de forma ordenada?, afirmou Dinelson. Caso vença por um gol de diferença – no Paranaense, o gol fora não serve como critério de desempate – o Paraná forçaria uma prorrogação. Só que aí, pesaria contra o Tricolor o desgaste sofrido na quinta-feira, onde teve que lutar até o final para ao menos segurar o empate – e com um jogador a menos.

?Vamos precisar, e muito, do apoio de nossa torcida.

O Paranavaí possui um time guerreiro, assim como o Libertad?, comparou o volante Xaves. ?Com o grito do nosso torcedor, do início ao fim, vamos em busca deste resultado?, frisou o volante. O Tricolor, neste Paranaense, sofreu apenas duas derrotas no Durival Britto, para Atlético e Coritiba (este, com o time reserva).

Xerifão canhoto já está na área

Mesmo em pleno clima de decisão, o Paraná Clube apresentou seu segundo reforço para a disputa do Brasileirão, que começa no próximo dia 13 de maio -quando o Tricolor recebe o Grêmio, na Vila Capanema.

O zagueiro Luís Henrique, 28 anos, foi um dos destaques do Bragantino no último Paulistão. O Paraná adquiriu 50% dos direitos federativos do atleta, que assinou contrato de dois anos. O outro contratado, o volante Adriano, também veio do time de Bragança Paulista e já estreou no jogo de quinta-feira, frente ao Libertad, pela Libertadores da América.

A situação de Luís Henrique é um pouco diferente.

A princípio, não será inscrito na competição continental, mesmo que o Tricolor avance às quartas-de-final. ?Não foi uma negociação tão fácil assim. Foram algumas semanas de conversações, entre eu, o Paraná e meu procurador?, comentou Luís Henrique. ?Mas, pesou na opção final o momento de ascensão do clube e o bom grupo de trabalho?, afirmou. Luís Henrique, amanhã, fica só na torcida pelos companheiros, na final do Paranaense, contra o Paranavaí. ?Vamos fazer aquela corrente positiva. É bom chegar num clube campeão?.

Luís Henrique começou sua carreira no Ituano – e jogando como lateral-esquerdo.

A transição para a zaga ocorreu há dois anos, em sua primeira passagem pelo Bragantino, sob o comando do técnico Marcelo Veiga. ?Como tenho boa estatura, me adaptei facilmente. Num primeiro momento como um terceiro zagueiro pelo lado esquerdo?, lembrou o jogador. Um zagueiro canhoto era prioridade no Tricolor desde a saída de Aderaldo, ainda no início da temporada.

?Vinha jogando normalmente. Vou aproveitar os próximos dias para aprimorar a condição física e estarei à disposição para a largada do Brasileiro?, avisou Luís Henrique, que terá somente agora a sua estréia na primeira divisão nacional.

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