Zaga é problema maior do Paraná Clube

O Paraná Clube continua com uma campanha instável no Brasileirão-2002. Após seis jogos, o rendimento é de apenas 33,3%, o que deixa a equipe distante dos líderes e relegado às últimas colocações. Sem somar pontos fora de casa, o reflexo imediato – sem contar a queda na classificação – é a obrigação de vencer os jogos em que é o mandante. A pressão que o Tricolor leva a campo neste domingo, às 16 h, frente ao Flamengo, é a mesma que já rondou o clube há uma semana.

“Superamos esta situação contra o Palmeiras e com o bom rendimento, pensávamos que os problemas estavam solucionados”, comentou o goleiro Marcos. Na Bahia, porém, o time voltou a vacilar e facilitou a vida do Bahia, que saiu das últimas colocações com os três gols que marcou na frágil zaga paranista. O técnico Otacílio Gonçalves preferiu não apontar culpados, mas reconhece que é inadmissível um time marcar dois gols, na casa do adversário, e ainda perder o jogo. “Alguma coisa está errada”, sentenciou.

A ausência de Cristiano Ávalos tem sido sinônimo de dificuldades defensivas. Isso já ocorrera contra o São Paulo, quando Xandão foi o seu substituto, e se repetiu diante do Bahia, onde Rodrigão foi o parceiro de Fábio Luís. O treinador disse, na chegada da delegação, ontem à tarde, que só vai definir a formação no treino desta tarde. É certo, porém, que Cristiano continua fora. O clube não conseguiu efeito suspensivo para a punição do jogador, que terá mais um jogo a cumprir. A cotação dos reservas está em baixa, mas não há muitas opções. Juliano, das categorias de base, é o único zagueiro que ainda não atuou.

O Paraná tem uma média de dois gols marcados (12 em seis jogos), mas a zaga já foi vencida onze vezes e não conseguiu “passar em branco” em um jogo sequer. “Esta oscilações precisam parar, pois é ruim entrar em campo sempre com a pressão de precisar da vitória”, explicou o meia Émerson. Otacílio deu a entender que não vai mudar o perfil tático da equipe. Uma vitória neste domingo, representa um salto significativo, pois com três pontos o Paraná se igualaria ao próprio Flamengo, que tem 9 e está na 14.ª posição.

Número 32 já deixa o clube preocupado

Numa autêntica “gangorra”, o Paraná Clube não conseguiu ainda uma seqüência positiva neste Brasileirão, capaz de colocá-lo ao menos em uma posição intermediária. É o resultado do péssimo aproveitamento nos jogos fora de casa. As derrotas para Portuguesa, Santos e Bahia deixaram o Tricolor em uma posição delicada e preocupante. Sem somar pontos como visitante, o time de Otacílio Gonçalves só não cairá para a “zona de rebaixamento” se vencer em seus domínios.

Pela matemática, a comissão técnica estima que são necessários 32 pontos para não correr riscos de descenso. Como já teve um tropeço em casa – 2×3 São Paulo -, o Paraná chegaria a 33 se vencesse todos os jogos que disputar como mandante. “É uma situação difícil, ainda mais em um campeonato tão equilibrado. Mas, também não perderemos todos fora. Com certeza”, disse o capitão Maurílio.

Os tricolores acreditam que com 38 pontos o time estará na briga pela classificação. “É uma margem muito pequena, então, é melhor buscar a classificação, pois vamos superar esse momento”, acredita Márcio. A dupla é responsável por 10 (cada um fez 5) dos 12 gols do Paraná neste Brasileirão. Márcio está a três gols de igualar a marca de Lúcio Flávio, que é o quarto artilheiro da história do clube, com 51 gols.

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