Wilmots promete que Bélgica irá atacar a Argentina

O técnico Marc Wilmots não pretende mudar a filosofia ofensiva da Bélgica, implantada no time há dois anos e meio, na partida das quartas de final da Copa do Mundo, neste sábado, no Estádio Mané Garrincha, diante da Argentina. “Nós vamos fazer o nosso jogo. Vamos atacar. Essa é a nossa filosofia e que vem dando certo nos últimos dois anos e meio”, disse o treinador, em entrevista coletiva nesta sexta-feira, em Brasília. O treinador não confirmou a equipe para o jogo de sábado. “Vocês me conhecem. Sabem que não falo sobre escalação”, disse.

Uma das prováveis mudanças em relação à equipe que se classificou contra os Estados Unidos é o retorno do volante Steven Defour, depois de cumprir suspensão pela expulsão contra a Coreia do Sul. Se ele retornar realmente, deve sair Fellaini, o que significa um meio um pouco mais marcador. Uma das estratégicas da Bélgica é explorar os lados do campo, principalmente nas jogadas de velocidade de Hazard contra Zabaleta. “Conversei com Hazard para tentar encontrar uma posição para que ele possa render ainda mais. Meu trabalho é colocar as individualidades a serviço da equipe”, afirmou Wilmots.

Enquanto a Argentina não chega a uma semifinal de Copa do Mundo desde 1990, a Bélgica não joga um duelo válido pelas oitavas de final de um Mundial desde 2002, quando caiu diante do Brasil. Em seguida, o país não conseguiu se classificar para as edições de 2006 e 2010 da competição. Na opinião do treinador, essa nova conquista faz com que a equipe se sinta livre de pressões para fazer seu jogo. “Estamos escrevendo uma nova história. Não temos pressão”, orgulha-se o treinador, que atuou como jogador nas Copas de 1990, 1994, 1998 e 2002.

O treinador ainda se recorda da grande partida que a Bélgica fez contra o Brasil em 2002, mas que acabou perdendo por 2 a 0. Quando o jogo estava empatado por 0 a 0, o próprio Wilmots marcou, mas o juiz Peter Prendergast não validou o gol, em um lance até contestado pelos belgas. “Fizemos uma grande partida contra o Brasil. Eles estavam perdidos. Não sei porquê não podemos fazer o mesmo contra a Argentina”, comparou.