Vila Capanema

Volante Jean vem ganhando espaço no Paraná Clube

Habilidade ou produtividade? Técnica ou força? O questionamento para encontrar o time ideal sempre vem com estas indagações por parte da torcida, imprensa e até aqueles que estão dentro de campo. Grandes seleções com craques não venceram Copas do Mundo e outras que usavam a marcação e a pegada tiveram o privilégio de erguer a taça.

A nossa realidade não é diferente e o Paraná Clube não foge à regra. Buscando uma equipe equilibrada, o técnico Ricardinho deseja a união destes fatores para fazer do Tricolor um time vencedor. Desde a sua chegada ao clube, há um mês, o treinador vem alternando a formação de um jogo para outro. O técnico já avisou que não quer inventar a cada partida, mas sentindo que alguns atletas estão caindo de produção, Ricardinho não tem receio de mexer e nem de cara feia. O pentacampeão como jogador já utilizou 27 jogadores em sete partidas – e ninguém atuou em todos os jogos, seja por lesão, suspensão ou opção.

Nas últimas rodadas, a principal surpresa foi a retirada da equipe de jogadores considerados mais técnicos e que possuem mais habilidade. Com estes atributos, o atleta sai na frente daquele que só marca e pensa em destruir. No entanto, Ricardinho analisou que não basta ter apenas jeito com a bola e sim, ser produtivo com o restante do time. Lucas Otávio, jogou dezesseis partidas na Série B, mas perdeu um pouco de espaço em relação ao volante Jean. Oriundo da base e com experiência internacional (jogou no Estudiantes, da Argentina), o atleta vem sendo utilizado constantemente como zagueiro e volante. Com fama de mau e de destruidor, aos 19 anos, ele consegue aos poucos deixar de lado a impressão ruim e jogar mais bonito, no estilo do argentino Verón, ídolo do jovem paranista.

“Quero deixar claro, quando falei que temos que dar pau, não quis insinuar agressividade no futebol ou algo parecido. A Série B exige técnica sim, mas é necessário ter mais garra e vontade. Jogos como o do sábado, contra a Luverdense, é preciso concentração e foi isto que declarei na terça-feira. Se fosse para brigar, lutaria MMA”, disse Jean.

Volta por cima

O próprio jogador sofreu na sua primeira experiência profissional. Na partida contra o América-RN, em Natal, foi expulso nos primeiros lances. Depois veio a volta por cima, com um belo gol diante do Santa Cruz, na vitória por 3×2 – a última do time na competição. “Aprendi e muitas pessoas conversaram comigo como o Luciano Gusso (auxiliar), Ricardinho e até o Claudinei Oliveira. Espero caminhar bem e seguir os conselhos do meu pai, que sempre disse que é difícil chegar no futebol, no entanto é mais difícil é se manter”, ressaltou
o volante.