O presidente Aurival Correia decidiu dar um basta nas especulações e confirmou ontem – através da assessoria de imprensa – a permanência de Wagner Velloso no comando técnico do Paraná Clube.
Contratado para “apagar o incêndio” no Paranaense, o treinador livrou o clube do rebaixamento, mas não conseguiu brigar diretamente pelo título. A eliminação para o Fortaleza na Copa do Brasil o colocou em xeque, mas a diretoria optou por não partir para uma nova mudança no setor.
Recentemente, o Tricolor conviveu com sérios problemas ao adotar a troca de técnico como a solução mais rápida para a má fase. Os números não mentem: desde a disputa da Libertadores da América, em 2007, o Paraná trocou de técnico a cada três meses.
Foi dessa forma que caiu para a Série B e por pouco foi rebaixado para a terceira divisão nacional. “O Velloso será o nosso treinador na Série B”, mandou avisar o presidente, através do assessor de imprensa Greyson Assunção.
A decisão de Aurival Correia – antes mesmo da reunião do Conselho Diretor, ontem à noite – põe fim às especulações e às inúmeras ofertas de treinadores. Porém, entre buscar uma nova promessa – já que os valores do mercado não permitem ao Paraná a busca por um técnico de renome – e começar tudo de novo, o Tricolor escolheu dar sequência ao trabalho desenvolvido por Velloso há menos de cinquenta dias.
A seu favor, contou o fato do técnico ter conseguido resgatar o ânimo dos atletas e seguir com um bom aproveitamento enquanto teve à sua disposição uma equipe-base.
O rendimento de Velloso, hoje, é de 50%. Número que precisará ser melhorado para que o Tricolor consiga salvar a temporada. Para fechar 2009 de volta à primeira divisão nacional, o Paraná precisa de um aproveitamento médio de 55%.
Pelo menos na média histórica, desde que a competição passou a ser disputada por pontos corridos, superaram a marca dos 61 pontos conquistados (53,5%). A única exceção ocorreu em 2007, quando o Vitória garantiu acesso com apenas 59 pontos. “É uma competição longa e desgastante. É importante começarmos bem”, lembrou o volante Agenor.
O Paraná estreia na Série B no dia 9 de maio, enfrentando o Bahia, no estádio de Pituaçu. O primeiro jogo em casa será no dia 15, contra a Ponte Preta. Com sua situação definida, Velloso espera agora a chegada de reforços e a definição – o quanto antes – do grupo que estará à sua disposição. Além de caras novas, o clube também negocia as situações de Agenor, Fabinho e Lenílson, cujos contratos se encerram em breve.