No Castelão

Uruguai estreia na Copa do Mundo contra a Costa Rica

O Uruguai vai entrar em campo neste sábado contra a Costa Rica, às 16 horas, na Arena Castelão, em Fortaleza, pelo Grupo D da Copa do Mundo, para provar que o fantasma de 1950 não passa de algo imaginário e que está mais na cabeça dos torcedores que do próprio grupo de jogadores. “Viemos disputar jogos. O fantasma foi uma peça publicitária, feita com humor, e que pegou apenas os fãs”, afirmou o técnico Óscar Tabárez. “Para nós, não existe essa coisa de fantasma, mais midiático que futebolístico. Para nós, é questão de concentração, vontade e esforço”.

A alusão ao fantasma se refere ao título uruguaio na Copa de 1950, quando o time venceu o Brasil e calou 200 mil torcedores no Maracanã. A personagem, que veste uma roupa azul e caminha por lugares brasileiros, foi usada em um comercial e fez grande sucesso. Mas os jogadores do Uruguai e o treinador garantem que isso não faz qualquer diferença. “Nós somos profissionais e estamos colocando toda atenção à partida que teremos. A Costa Rica é um adversário qualificado e vamos trabalhar para vencê-la”, continuou Tabárez.

Ao mesmo tempo que evita falar de algo sobrenatural, o treinador luta contra os próprios fantasmas. A começar pela lesão inesperada de Luis Suárez, um dos principais jogadores da equipe. O jogador teve de passar por uma cirurgia no joelho esquerdo e está se recuperando bem. Mas, ao que tudo indica, ficará apenas no banco de reservas. “Sua recuperação nos deixa muito contentes, mas precisamos ter calma neste momento”, avisou o comandante.

Sem sua grande estrela, o treinador colocará Diego Forlán ao lado de Cavani no ataque, com Stuani ajudando na armação das jogadas no meio. Tabárez, inclusive, refuta a ideia de que o time é dependente de seu ataque titular. “Mais do que Cavani e Suárez, temos um elenco para ser utilizado e vamos recorrer a ele de acordo com as circunstâncias. No Mundial da África do Sul, todos os atletas participaram. Não temos titulares e suplentes”, garantiu.

Do outro lado, a possível ausência de Suárez soou como uma boa notícia na Costa Rica. Para o atacante Marco Ureña, o jogador fará muita falta ao Uruguai. “É uma baixa bastante sensível, mas no Uruguai todos os jogadores são muito importantes, pois jogam em grandes campeonatos. Sabemos que caímos em uma chave complicada, vamos enfrentar os campeões do mundo, e esperamos lidar com isso da melhor maneira”, explicou o atacante.

O técnico Jorge Luis Pinto preferiu esconder a escalação de sua equipe e faz mistério. Ele garante que tem confiança em um resultado positivo e, sem falsa modéstia, lembra que a sua seleção vai em busca de três vitórias, mesmo estando em um grupo com adversários campeões. “As três seleções são boas, mas estamos competindo, temos bons jogadores e a briga pela vaga vai ser grande”.

O treinador ressalta os pontos fortes do Uruguai. “A Costa Rica precisa ser equilibrada. Sabemos que eles têm homens muito importantes no jogo aéreo, como Cavani e Godin. Mas vamos responder com potência e agressividade. Tenho muita confiança no meu grupo”.