Cadê a galera?

Trio de Ferro sofre com estádios vazios e falta de torcedores

Líder do Campeonato Brasileiro e vindo de quatro vitórias consecutivas. Nem mesmo a excelente campanha do Atlético neste início do Brasileirão está sendo capaz de atrair a torcida para a Arena da Baixada. No entanto, o baixo público nos jogos dentro de casa não é exclusividade do Furacão. O futebol paranaense vem deixando a desejar em relação a estádio cheio em 2015.

O maior público da temporada foi na final do Campeonato Paranaense, quando o Coritiba perdeu por 3×0 para o Operário diante de 22.256 torcedores no Couto Pereira. Aliás, foi a única partida no Estado que o público superou a marca de 20 mil pessoas.

Ainda assim, o Alviverde tem a melhor média de público entre o Trio de Ferro, com 9.209 torcedores por partida, em um total de 13 jogos. Só que, em média, apenas 24% do Couto vem sendo ocupado. Na sequência vem o Furacão, com 8.777 pessoas por jogo, em 15 confrontos na Arena. O Rubro-Negro, aliás, vem melhorando sua média rodada após rodada, tanto que contra o Vasco, sábado passado, teve 15.177 atleticanos na Arena, mas vem ocupando apenas 20% do seu estádio.

Paraná

A pior situação é a do Paraná. Com uma média de apenas 2.578 torcedores, em 11 partidas como mandante, o Tricolor vem sofrendo com a Vila Capanema vazia. Para se ter uma ideia, o melhor público do ano aconteceu fora da sua casa. Quando o Durival Britto não tinha laudo de liberação, o clube mandou a partida contra o Operário (empate em 0x0 pelas quartas de final do Estadual) no Couto e levou 5.397 pessoas. A ocupação média da Vila, inclusive, é de apenas 12%. Como um breve comparativo, o Londrina, com 11 jogos no Estádio do Café, tem uma média de 4.467
pagantes.

Times e ingressos são os culpados

Mas porque os estádios estão tão vazios? As respostas são várias. A principal é o desempenho dentro de campo. O Atlético só recuperou a confiança dos torcedores nos últimos jogos. Quanto melhor posicionado na tabela, mais casa cheia. O Coritiba, inclusive, só tem uma média melhor que a do rival justamente pelas finais do Estadual.

Outro fator é o preço dos ingressos. O Coxa mudou os valores, variando de acordo com o adversário. Contra o Flamengo, sábado, o preço mais em conta é de R$ 40 na arquibancada, com a inteira no Pro Tork por  R$ 220.
Já no Tricolor, contra o Luverdense o ingresso mais barato era de R$ 25 a meia-entrada. Os ingressos avulsos do Rubro-Negro são os mais caros. Diante do Vasco, a entrada partia de R$ 75.

Outro ponto são os sócios, que pagam por mês e têm direito a ir a todos os jogos, mas a campanha do time, o horário do jogo e o clima do dia explicam o motivo da ausência no estádio.

Em baixa

O Coritiba tem a 18ª melhor média nacional. Na sequência vem o Atlético, em 21º, e o Paraná, em 45º. Os três estão atrás até do Fortaleza, que na Série C tem uma média de 11.342, a 13ª melhor. O líder é o Corinthians, com 30.896 torcedores.