O caminho para o sucesso passa obrigatoriamente pelo fim de um tabu. O Paraná não vence o rival, no Couto Pereira, há quase quatorze anos. Mais precisamente, desde o dia 28 de julho de 1996.
Nesta data, com um gol de Ricardinho, o Tricolor comemorava um inédito tetracampeonato paranaense, confirmando sua hegemonia no Estado. Desde então, foram disputados 21 jogos no Alto da Glória. E nada de vitória do azul, vermelho e branco.
São quinze triunfos do Coritiba e seis empates. Uma marca incômoda para um clube que por tanto tempo ostentou vantagens sobre o rival alviverde. Nessa trajetória, porém, há uma derrota “com sabor de vitória”.
Em 2001, o Paraná perdeu por 2×1, mas o gol marcado pelo volante Fernando Miguel, aos 48 minutos do segundo tempo, garantiu vaga na final do Paranaense, contra o Atlético. Foi a última vez que os paranistas festejaram algo no Alto da Glória, curiosamente o palco da primeira conquista do clube, no estadual de 1991.
“Números não servem só para estatística. Eles também dão tempero e dão um incentivo maior para os atletas”, disse Marcelo Oliveira, prometendo usar também esse ingrediente no trabalho motivacional com o grupo. “Sei que o Paraná fechou o ano passado com dez jogos de invencibilidade. Igualamos essa marca e agora vamos tentar superá-la”, completou o treinador.
Mesmo que correndo por fora, bem ao estilo “mineirinho”, Marcelo Oliveira vai fazendo seu papel na construção de um novo grupo, que se mostra unido e guerreiro, sempre pronto a superar desafios… e quebrar tabus.