Tricolor foi presa fácil para o Vermelhinho e voltou pra ZR

O tormento voltou. Após uma jornada desastrosa e desastrada, sob vários aspectos, o Paraná Clube levou uma sonora goleada no interior do estado e voltou para a zona do rebaixamento. O Paranavaí, que vinha de seis derrotas em casa, não tomou conhecimento do adversário e fez 4×2. A reta final do jogo foi aos gritos de “olé” dos torcedores do ACP, relembrando a final de 2007, quando conquistou o inédito título Paranaense justamente sobre o Tricolor.

Apesar do “estado de guerra” decretado pelo técnico Ricardo Pinto, o que se viu em campo foi um time letárgico e que em momento algum conseguiu se impor diante do Vermelhinho. Uma sonolência que cobrou um alto preço. Logo aos 20 minutos, um tiro despretensioso do ala Édson foi parar dentro do gol. Tudo pela ação do estreante Leandro Silva. O zagueiro tentou cortar e mandou a bola no cantinho, sem chance de defesa para o goleiro Thiago Rodrigues. Na súmula, o gol foi creditado a Édson.

A situação ruim, piorou. Seis minutos depois, a zaga falhou, Thiago saiu mal do gol e, após cruzamento da direita, o zagueiro Éverton subiu sozinho para cabecear e marcar: 2×0. Desnorteado, o Paraná revivia seus piores momentos neste Estadual. Em momento algum esboçou reação e só não foi mais castigado porque o Paranavaí falhou demais nas assistências. Em especial Ferraz. O meia, principal articulador do Paranavaí, atuava, inexplicavelmente, livre de marcação.

O Paraná sofria com as ausências de seus zagueiros titulares e do capitão Luiz Camargo. Desatento e desentrosado na sua marcação, o time foi presa fácil. Ricardo Pinto tentou, em vão, modificar o andar da carruagem no intervalo. Com a entrada de Vinícius na vaga de Henrique, Lima voltou para a ala e, na teoria, o time ganharia mais mobilidade no meio-campo. Só que da teoria para a prática, a distância era enorme e quem seguiu deitando e rolando foi o Paranavaí.

Rafael Santos que entrara na vaga de Douglas Silva se livrou de três marcadores e só rolou para Tatico marcar o terceiro. Se de um lado Kelvin e Diego exageravam nas “pedaladas” improdutivas, Tatico mostrou o que um atacante velocista deve fazer. Atormentou os zagueiros tricolores até retribuir o presente para Rafael Santos. O baixinho recebeu na área, dominou e mandou no canto esquerdo de Thiago Rodrigues. Com 16 minutos, o Paraná levava 4×0.

Houve até um esboço de reação. Diego recebeu pela esquerda e bateu rasteiro para vencer o goleiro Pedro Castro. Mas, aí, surpreendentemente Ricardo Pinto trocou um atacante (Diego) para a entrada de um volante (Serginho). Mesmo assim, o Tricolor achou seu segundo gol. Lima, aos 21 minutos, cobrou falta e encobriu o goleiro. Só que ficou nisso. Ricardinho só entrou em campo aos 34 minutos e mal pegou na bola. Para piorar de vez, Maycon Freitas sentiu uma lesão na panturrilha e o Paraná seguiu com um jogador a menos até o apito final.