Torcidas festejam Corinthians e Palmeiras em Prudente

Com apenas 25 minutos de diferença, Corinthians, às 15h40, e Palmeiras, às 16h05, desembarcaram na quente Presidente Prudente, neste sábado. Ambos sob calorosa recepção, mas com atitudes diferentes. Os corintianos chegaram com semblantes mais sérios, pouco olhando para os lados, causando frustração para os cerca de 200 torcedores que se apertavam e empurravam para tirar um foto, ganhar um autógrafo ou, ao menos, ganhar um aceno.

Os palmeirenses foram mais solícitos e simpáticos, não esconderam o sorriso e até arriscaram alguns

cumprimentos com tapas nas mãos ou simples, mas comemorados, acenos para os cerca de 150 fanáticos verdes.

Ronaldo, destaque do primeiro clássico na cidade disputado entre os times neste ano, em fevereiro, ao marcar o gol do empate por 1 a 1, puxou a fila dos corintianos. “Ronaldo, Ronaldo” era o coro para o Fenômeno. Obina, herói da vitória por 3 a 0, com três gols seus, no duelo do primeiro turno, fechou a fila de jogadores do Palmeiras, também ovacionado. “Ô, Obina é melhor que o gordo, Obina é melhor que o gordo” era a cantoria dos palmeirenses, numa comparação entre seu artilheiro e o atacante do arquirrival.

Apesar de uma presença maior, os corintianos não demonstraram tanta empolgação quanto a torcida rival. E cantaram, apenas, o famoso “aqui tem um bando de loucos, louco por ti Corinthians” na chegada do time.

Do lado rival, puxado por um afinado batuque, ouviu-se o hino do Palmeiras, músicas de incentivo e coros com o nome de alguns jogadores, como “é o melhor, goleiro do Brasil”, para Marcos e também Obina e Diego Souza foram festejados.

No meio de tanta gente com camisas, bonés e bandeiras, destaque para seu José da Silva, vestido com a camisa do Santos e sem medo de violência. “O Santos é o segundo time de todos os paulistas”, justificava, ao fazer a alegria de um dos filhos, o palmeirense Rafael.

O outro herdeiro, Caio, também santista, só queria ver o “Fenômeno”. Eles se divertiram em meio a um clima de paz entre duas maiores rivalidades do Estado, numa prova de que dá para rivais de equipes diferentes conviverem em harmonia.

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