Cerca de 48 torcedores apaixonados pelo time do Cobreloa viajaram de ônibus, cinco dias, de Calama do Chile até Curitiba. Saíram às 8h30 da manhã do última sexta-feira chegando ontem à capital paranaense. Foram 4 mil quilômetros de estrada e muito cansaço para prestigiar o clube de coração.
A cidade de Calama é conhecida pelo cobre e se encontra a 2.600 metros sobre o nível do mar.
Tem aproximadamente 200 mil habitantes.
?No inverno, os operários que trabalham nas minas de cobre levantam às 4 horas da manhã com uma temperatura de dois a três graus abaixo de zero. Quando predomina o verão o calor é intenso, chegando aos 30 graus?, conta Angel Corante, 60 anos, guia turístico dos torcedores chilenos que vieram para Curitiba.
Seguidores
A torcida do Cobreloa é conhecida pelo apelido de ?seguidores?, pois acompanham a equipe pelo mundo afora.
Na viagem ao Brasil, o custo por pessoa foi estimado em US$ 600 (R$ 1.200) de Calama até Curitiba. Agregando a estada em hotel, passagem de ônibus, ingresso para o jogo e alimentação.
Sobre a partida de ontem ter acontecido na Vila Capanema, os chilenos disseram que ?não temiam?.
?Nosso Estádio Municipal de Calama tem capacidade para 20 mil pessoas, sabemos lidar com pressão?, disse com convicção Pedro Orellana, estudante e torcedor do Cobreloa, esperançoso em ver o time do coração tentar dar o troco no Paraná.
Quanto ao possível resultado da partida, os chilenos acreditavam que o time conseguiria igualar o placar de 2 a 0, sofrido em Calama, e que o jogo de volta seria decidido nos pênaltis. Eles estavam confiantes. Tudo isso antes de sentir a pressão paranista nas arquibancadas e ver o Tricolor administrar o nervosismo do adversário.
No final puderam pelo menos comemorar com o gol de empate, mas que pouco adiantou. A vaga já tinha sido carimbada pelo Paraná em Calama, no jogo de ida.