Torcedores aprovaram estádio

O maior problema enfrentado pelo torcedor que esteve ontem no Pinheirão para assistir a Brasil x Uruguai foi a falta de indicação de acessos para o setor de seu ingresso. Com alguns pontos do estádio ainda recebendo finalização, a torcida brasileira teve que se informar com os policiais militares para saber por onde entrar no reformado estádio. Apesar da novidade das cadeiras numeradas em toda a arquibancada, a torcida aprovou as novas instalações exigidas pelo Estatuto do Torcedor.

Enquanto alguns funcionários colocavam placas publicitárias ao redor do Pinheirão, a torcida precisava adivinhar e apelar para os policiais de plantão para saber o local de entrada para cada setor. Um dos principais portões, o mais próximo da entrada principal, ficou a tarde inteira fechado devido a um caminhão de uma empresa que estava instalando um painel com propaganda.

Com esse clima, os torcedores foram chegando, driblando os obstáculos e adentrando ao estádio. Na maior parte do tempo, não houve aglomeração nas entradas. Somente por volta das 21 horas, 50 minutos antes do início previsto para a partida, algumas filas se formaram em todas as entradas, mas poucos minutos antes do apito do árbitro, os portões já estavam livres.

Quem chegou cedo, não teve do que reclamar. “Sentei no lugar que consta no meu ingresso e não acho que vá dar problema. A menos que vendam ingressos a mais”, disse Walcir Boscato, que chegou cedo ao estádio para curtir o clima de jogo de seleção. Aos poucos, a torcida foi tomando conta das arquibancadas e constatando as novidades. De acordo com alguns dos orientadores, que estavam apenas dentro do Pinheirão, a principal dúvida era encontrar seu assento nas arquibancadas. Durante a partida, não houve confusão entre as torcidas.

Cambistas

“Quer pagar quanto?”. O bordão de uma loja de departamentos foi a pergunta mais feita pelos cambistas a cinco minutos do início de Brasil x Uruguai. Com ingressos ainda à venda nas bilheterias e a atuação de várias pessoas comerciando entradas no câmbio negro, quem deixou para chegar em cima da hora pôde até fazer um bom negócio e assistir a seleção pagando menos do que os preços tabelados. A Polícia Militar teve muito trabalho durante todo o dia para coibir a atuação do comércio ilegal e chegou a deter várias pessoas.

Com a liberação da obrigatoriedade de apresentação de documentos às 10 horas de ontem pela Federação Paranaense de Futebol, os cambistas passaram a atuar com mais desenvoltura, mas o alto preço das entradas não resultou em um lucro muito grande.

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