Futebol organizado

Time do Luverdense é exemplo de organização para o Tricolor

Lucas do Rio Verde, no norte do Mato Grosso, com pouco mais de 60 mil habitantes, hoje é a casa de um dos clubes mais organizados da Série B. Sem dívidas, com um time competitivo e atualmente no G4 da Segunda Divisão, o Luverdense contrasta a realidade vivida pelo Paraná Clube, que prestes a completar 25 de existência, está afundado em dívidas e correndo o risco de cair para a Terceira Divisão. Com os pés no chão, o time mato-grossense, com apenas dez anos de existência, adotou uma política profissional no seu projeto com o futebol e, em 2014, deve brigar pelo acesso à Série A.

O atual presidente do Luverdense, Helmute Laswich, foi um dos idealizadores do projeto que transformou o time do interior do Mato Grosso em uma realidade de sucesso dentre os times que disputam a Série B deste ano. Para ele, realizar um planejamento bem feito e profissionalizar a estrutura do futebol foram elementos importantes para o sucesso registrado do Luverdense nos últimos anos.

“O projeto surgiu em 2004 e, ao longo dos anos, aprendemos muito e hoje o nosso modelo de gestão tem dado certo. Sempre com humildade e pés no chão, conseguimos profissionalizar o nosso futebol e fomos crescendo junto com a nossa cidade ao longo dos anos. Mantemos sempre um ambiente muito bom de trabalho, com pagamentos sempre em dia. Isso é o básico. É essencial. Nossa história nos últimos anos é muito bonita. Poucos fizeram o que nós fizemos aqui no Luverdense nos últimos dez anos dentro do futebol brasileiro”, pontuou o comandante do Verdão do Norte.

Depois de conseguir alcançar uma vaga na Série B em um curto espaço de tempo, o Luverdense é hoje gerido como uma empresa e, o planejamento inicial da diretoria era de fazer do Verdão do Norte um dos integrantes da Primeira Divisão somente em 2019. Para isso, um dos passos adotados pela atual gestão foi investir na sua área de marketing para fortalecer a marca do Luverdense no cenário nacional.

Com patrocinadores fixos, Laswich frisou que é importante gastar somente o que o clube tem a disposição. Esta, porém, não é uma realidade do Paraná, que atualmente está gastando mais com a folha de pagamento do seu time do que a sua renda permite. “Não estamos no futebol para brincadeira. A gente entende de futebol e atrás da nossa direção tem muita seriedade. Fomos melhorando ano a ano até chegarmos na disputa da Série D em 2007. Este ano, na Série B, profissionalizamos ainda mais o clube. Contratamos um diretor na área de marketing para fortalecera nossa marca”, explicou Laswich. “Nosso objetivo era chegar na Série A em 2019. Ainda não conquistamos nada. Nosso primeiro objetivo na Série B é fugir do rebaixamento. Se o acesso vier nós vamos nos desdobrar, pois quem não quer jogar uma Série A. Isso tudo que está acontecendo é o fruto do nosso trabalho”, acrescentou.

Com a visão de investir na área de marketing, o Luverdense faz o que o Paraná, apesar da sua bonita história no futebol brasileiro, não fez nos últimos anos. Ídolos como Ricardinho e Lúcio Flávio decidiram voltar a vestir as cores do Tricolor, mas pouco se investiu em campanhas junto a torcedores e patrocinadores para a obtenção de novas receitas para o clube. “Não conheço a realidade do clube, mas o Paraná precisa repensar seu projeto. É muito chato para a torcida assistir o que está acontecendo. Esta é, infelizmente, a realidade do futebol brasileiro, onde os clubes com menos receita têm mais dificuldades”, opinou Laswich.

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