Técnicos analisam temporada

Rio de Janeiro (Ag. Placar) -O basquete brasileiro viveu um ano bastante curioso. Dentro de quadra, jogadores e técnicos fizeram um papel bonito. Ao todo foram sete competições internacionais disputadas neste ano e o Brasil esteve no pódio em todas elas. Porém, nos bastidores, a coisa se complicou. Alguns clubes desistiram de participar do Campeonato Brasileiro, organizado pela Confederação Brasileira de Basquete e fundaram a Nossa Liga de Basquete. Na prática todos saíram perdendo.

A Nossa Liga, capitaneada por antigos ídolos do basquete Nacional (Oscar, Hortência e Paula), ainda sofre com problemas estruturais. Já a competição organizada pela CBB segue firme, mas suas datas entraram em conflito com as finais de dois estaduais importantes: Paulista e Carioca, o que deixa o torcedor confuso. Já a competição feminina, com apenas oito clubes na disputa ficou enfraquecida.

Mas apesar de tudo isto, a seleção adulta masculina conquistou o inédito título da Copa América. O título conquistado na República Dominicana também garantiu a presença do Brasil no 15.º Campeonato Mundial do Japão, em 2006. Por sua vez, a seleção adulta feminina manteve a hegemonia do continente ao conquistar de forma invicta o decacampeonato sul-americano.

Nas categorias de base, o Brasil subiu mais quatro vezes ao pódio: campeão invicto do Sul-Americano Cadete Feminino, vice-campeão do Sul-Americano Juvenil Feminino e medalha de bronze no Sul-Americano Cadete e Juvenil Masculino. Além disso, as seleções juvenis garantiram a vaga na Copa América 2006 que irá classificar para o Campeonato Mundial 2007.

Por tudo isto, o técnico da seleção feminina considerou positivo o desempenho de sua equipe. ?No geral foi um ano muito bom para o basquete brasileiro, além da hegemonia sul-americana, fomos vice-campeões da Copa América e trabalhamos com uma equipe jovem, e com isto ampliamos o quadro de selecionáveis?, destaca Antonio Carlos Barbosa.

?Fizemos 24 jogos e sofremos apenas duas derrotas. Em 2006, a nossa prioridade é o Mundial, que será disputado em setembro, em São Paulo. A nossa responsabilidade será ainda maior, pois estaremos sediando a competição?, acrescenta Barbosa.

Para o técnico da seleção masculina, Lula Ferreira, o ano também foi importante, não apenas pelo título inédito, mas também porque sua equipe mostrou que está entrando em um novo ciclo.

?Este foi o início de um novo ciclo olímpico e a afirmação de um grupo. A caminhada é longa, a tarefa é difícil, mas temos jogadores capazes e que mostraram competência, trazendo bons resultados para o Brasil na temporada 2005?, ressaltou Lula, que tem a expectativa de conduzir o basquete brasileiro para as Olimpíadas de Pequim.

?Em 2006, vamos ter duas competições importantes. Primeiro, o Campeonato Sul-Americano, que irá classificar para o Torneio Pré-Olímpico das Américas, em 2007. Depois, o Campeonato Mundial do Japão, de 19 de novembro a 3 de setembro, uma competição de altíssimo nível, onde vamos buscar um lugar no pódio?, completou.

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