Tática do Atlético para atacar exige sacrifício

Se o ataque foi o setor mais cobrado em 2010, com a defesa ganhando destaque pela consistência, os papeis se inverteram. O setor ofensivo ganhou uma perspectiva nova com as contratações de Lucas, Madson e até mesmo do novato Henan.

Para encaixar as peças, o técnico Sérgio Soares quer um time rápido. Por isso, tem atuado com um volante, posição ocupada por Alê – outro recém-contratado. O novo esquema ainda carece de ajustes, mas o treinador conta com o apoio dos jogadores. “O Paulo (Baier) e o Branquinho estão voltando para recompor e ajudar o Alê. No treinamento, estamos tentando adaptar a nova formação, até porque o time está jogando para frente”, afirmou Rafael Santos, que assumiu o posto deixado por Rhodolfo.

Alê, responsável pelo setor pouco à frente da zaga, defende a qualidade dos colegas que estão jogando ofensivamente. “Acabamos nos doando mais lá atrás para que eles possam criar oportunidade de gols, finalizar bem e matar o jogo. Os jogadores que estão ali não têm tanta característica de marcação, mas a gente confia no sistema tático”, disse o volante.

A preocupação maior agora é encontrar uma maneira de não ter a meta de João Carlos vazada novamente.

Soares tem sido exigente quanto à marcação, para que o trio Manoel, Rafael Santos e Alê não fique sobrecarregado. “Até o Lucas ajuda a gente, assim como o Guerrón e o Madson. Quando acontece isso, a bola chega mascada para nós e conseguimos roubar e fazer com que eles joguem. O Sérgio cobra muito isso e estamos conseguindo assimilar”, contou o volante.