Sonho de Jihad é vencer em casa

Depois de dar um show com a vitória na 5.ª e penúltima fase do Super Surf, em Santa Catarina, o surfista Jihak Kohdr quer agora quebrar um “tabu”, sendo o primeiro surfista paranaense profissional a vencer um campeonato oficial “em casa”. Ele tenta conquistar o feito neste final de semana, a partir desta sexta-feira na Ilha do Mel, na etapa decisiva do Billabong Pro Júnior, campeonato oficial da Association of Surfing Professionals (ASP), que vai definir o campeão sul-americano profissional sub-21.

Apesar de ser de Matinhos, Jihad considera a Ilha do Mel, um paraíso ecológico totalmente preservado, como o “quintal de casa”, o seu “playground”, quando o assunto é surfar. “Quero muito vencer um campeonato profissional em meu Estado. O Peterson e o Maicon (Rosa) não conseguiram e eu quero quebrar este tabu. Quero ser o campeão pro-júnior”, destaca o surfista, que está com 19 anos de idade.

“A Ilha do Mel é um dos lugares que eu mais gosto de competir e surfar. Quando não tem onda em Matinhos, sempre tem na ilha. Estou amarradão, pois vem muita gente, que não conhece a Ilha e vai ficar de bobeira como astral, o visual e, principalmente, as ondas”, acrescenta Jihad. “Na Ilha do Mel tudo é show. Desde o embarque nas travessias, que duram 30 minutos de puro visual no Canal da Galheta, seguindo pelas caminhadas, as praias e as pousadas”, comenta com orgulho o competidor.

No Pro Júnior, ele é o vice-líder no ranking. Na etapa de abertura, realizada no litoral norte de SP, foi responsável por uma disputa memorável com o pernambucano Bernardo Pigmeu. O surfista, que é considerado o sucessor do tricampeão brasileiro Peterson Rosa, não levou o campeonato por menos de meio ponto, mas deu uma verdadeira demonstração de como surfar de forma radical.

Outros dois grandes momentos este ano foram o 3.º lugar no ISA World Surfing Games, a olimpíada do surf, na África do Sul, e agora a vitória no Super Surf, que colocou na briga direta pelo título nacional. “Estou num ano muito bom e quero que também seja marcado com a vitória na Ilha do Mel. Vou enfrentar vários talentos da nova geração, mas vou estar em casa”, afirma Jihad.

Premiação

A competição vai reunir cerca de 100 competidores de todo o País, que estarão disputando uma premiação de US$ 5 mil para os oito melhores da etapa, além de mais US$ 1,5 mil para o campeão do ranking e dois prêmios extras de R$ 500,00, a Back Wash Air Show e a Condominium Best Wave para o melhor aéreo e a maior nota do final de semana. Junto com o Pro Júnior, será realizado o Billabong Girls, campeonato exclusivo de mulheres, válido pelo rankig brasileiro supertrails, com R$ 5 mil em premiação.

Billabong Girls

Ela tem apenas 17 anos de idade, mas já se firmou entre as melhores do Brasil e aparece como uma das grandes promessas para o Circuito Mundial Profissional. A surfista de Saquerema, Taís de Almeida, vai ser uma das grandes atrações no Billabong Girls, que começa amanhã e segue até domingo na Ilha do Mel, litoral paranaense.

A competição é exclusiva para mulheres e válida pela 4.ª etapa do Circuito Brasileiro Feminino Profissional Super Trials. Um dos pontos fortes desta competição é a participação da nova geração. Junto com Taís, outros talentos aparecem como grandes cotadas, como as paulistas Suelen Naraisa e Cláudia Conçalves, as duas também com 17 anos.

Apesar da pouca idade, Tais mostra, com resultados importantes neste ano, que veio para ficar entre as tops do País. É a líder do ranking Supertrials (após vitória na etapa do Rio) e a 2.ª colocada no Super Surf, campeonato onde venceu a etapa de Saquarema, numa final com ondas de até 3 metros e foi a vice na última fase, em Florianópolis, também com ondas grandes.

Vento “destrói” as ondas e cancela etapa do WCT

Pela terceira vez em 27 anos de história, uma etapa do Circuito Mundial de Surfe Profissional (WCT) não é finalizada por falta de ondas. O fato antes ocorrido apenas na França, 92/Biarritz e 98/Lacanau, voltou a se repetir em Portugal. Um forte vento acabou com as ondas de 1 metro de altura que rolavam no último dia do prazo do Figueira Pro.

Os organizadores apenas realizaram as quatro baterias que restavam para fechar a terceira rodada e cancelaram oficialmente a competição. Ainda deu tempo para Peterson Rosa (PR) e Guilherme Herdy (RJ) se classificarem em Figueira da Foz e os dezesseis finalistas, incluindo também Fábio Gouveia (PB), terminaram empatados em nono lugar, com cada um marcando 500 pontos e recebendo US$ 11.125 mil. A elite do surfe mundial já seguiu para a França, onde será disputado o Quiksilver Pro, 8.ª etapa da temporada, entre 26 de setembro e 8 de outubro, quando serão distribuídos mais US$ 250 mil e 1.000 pontos.

Dos três brasieliros que caíram na água, Guilherme Herdy e Peterson Rosa venceram suas baterias, enquanto Renan Rocha caiu, encerrando a competição na 17.ª posição.

O resultado acabou sendo positivo apenas para Peterson, que recuperou o seu lugar na elite dos top-16 da ASP. Mas, os outros brasileiros continuam de fora da lista dos 27 primeiros colocados, grupo que é mantido na divisão principal para o ano que vem. Fábio Gouveia (PB), Renan Rocha (SP), Guilherme Herdy (RJ) e Flávio Padaratz (SC), se aproximaram um pouco mais e passaram a ocupar, respectivamente, a 29.ª, 30.ª, 31.ª e 32.ª posições.

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