O Senado aprovou nesta quarta-feira projeto que obriga os organizadores de competições esportivas a disponibilizar UTI (unidade de terapia intensiva) móvel em eventos com mais de 10 mil torcedores presentes.
O projeto modifica o Estatuto do Torcedor ao estabelecer que, entre as ambulâncias reservadas para as competições com grande público, pelo menos uma delas deve ser UTI móvel.
Pelo texto, a proporção deve ser de uma UTI móvel para cada dez mil espectadores. Numa partida de futebol com 50 mil pessoas, por exemplo, o projeto estabelece que devem ser disponibilizadas cinco ambulâncias com UTI.
O estatuto considera obrigatório ter uma ambulância no estádio para cada 10 mil torcedores e uma para atender aos jogadores, mas não menciona a necessidade de UTI. O estatuto também obriga os organizadores a disponibilizar um médico e dois enfermeiros para cada dez mil torcedores presentes à partida.
Como o projeto foi aprovado de forma terminativa pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado, ele segue para votação na Câmara se não houver pedido para ser analisado no plenário.
Autor do projeto, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que a obrigatoriedade vai reduzir episódios de morte súbita entre atletas, além de garantir maior segurança aos torcedores presentes nos estádios. “Uma ambulância simples não está suficientemente equipada para prestar o atendimento pré-hospitalar de emergência. Os veículos adequados são as UTI móveis”, afirmou.
Relator do projeto, o senador Wellington Dias (PT-PI) disse que a mudança “constitui importante proteção para torcedores e atletas”.