Sem salários, vascaínos cogitam veto à concentração

O Vasco enfrenta nesta quarta-feira, em São Januário, o Nacional (Uruguai) na volta do time a uma Copa Libertadores depois de 11 anos. O dado serve como medida da importância do confronto, o que suscita uma pergunta também relevante: os jogadores, com os salários ainda em atraso, vão manter o regime de não se concentrar para a partida?

Enquanto a diretoria trabalha pela liberação da verba da Eletrobrás, que patrocina o clube, os atletas vão se reunir nesta terça-feira para tomar a decisão. Dada a expectativa pelo jogo, de torcedores e dos próprios jogadores, a comissão técnica vai tentar convencê-los a retomar a concentração pelo menos para encarar os uruguaios.

“A concentração depende da postura dos jogadores. Eles acham que vai chegar o momento de não haver mais, mas ainda não é. Os atletas precisam dar exemplo, mostrando um comportamento confiável para a reivindicação ser recebida e adotada por todos no futuro”, comentou o técnico Cristóvão Borges.

“Seja qual dia, hora e adversário, jogar pelo Vasco é sempre importante. Até quarta a gente espera. O que vale é a opinião da maioria”, disse o meia Juninho Pernambucano, um dos líderes do movimento. “Estamos discutindo isso sem expor ninguém. O que espero que a torcida entenda é que todo mundo tem o direito a fazer seu protesto de alguma forma”.

Cristóvão Borges tem dois problemas para a estreia na Libertadores. O atacante Eder Luís e o volante Rômulo seguem com problemas físicos e estão descartados.

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