Doendo no bolso

Sem poder contar com a torcida, Atlético soma prejuízo

Os prejuízos técnicos e financeiros computados pelo Atlético ao longo de todo o período em que ficou longe da Arena da Baixada já foram debatidos à exaustão. Sem poder arrecadar com bilheterias e vendo o número de associados diminuir nesse tempo, o clube precisou de amparo para manter as contas em dia. Nem sempre conseguiu, mas as projeções com a reinauguração da nova casa deixaram o quadro otimista.

O Atlético voltou para casa no dia 20 de julho, contra o Criciúma, mas não conseguiu botar um centavo sequer em suas contas. Pior. Além de não arrecadar, teve que custear a abertura do estádio e ficou com um déficit de R$ 23.994,73. No outro jogo em casa, contra o Fluminense, o furo no caixa ficou em R$ 21.329.99.

O prejuízo nos cofres foi causado pela grande punição imposta pelo STJD ao pelo clube (cinco jogos longe de Curitiba e outros quatro com portões fechados) pelas brigas envolvendo a sua torcida com a do Vasco na última rodada do Brasileirão de 2013. “É um enorme prejuízo. Não é simplesmente dizer que o time deixou de ganhar. É prejuízo mesmo, afinal ele precisou pagar para jogar. Mesmo quando você não tem arrecadação, gasta com luz, funcionário, isso e aquilo. É uma situação completamente absurda do ponto de vista do negócio”, explicou Erich Betting, do site Máquina do Esporte.

Em 2011, última temporada em que pôde receber o seu torcedor na Arena, o Atlético levava em média 14.072 torcedor por jogo, com renda aproximada de R$ 300 mil. É claro que nesses valores estão computados os sócios, mas numa conta simples o time perderia cerca de R$ 1,2 milhão em quatro jogos. Como a capacidade foi ampliada e o interesse dos torcedores em ir a um jogo é enorme, pode-se projetar a grande quantia de dinheiro que o clube deixou de arrecadar por culpa de alguns torcedores.

O Furacão vai conseguir tirar esse prejuízo com relativa facilidade de acordo com as projeções feitas para o novo estádio. “No final quem paga a conta é sempre o torcedor. De alguma forma esse dinheiro vai ter que retornar, como ingressos mais caros, por exemplo. A torcida quer ver o novo estádio”, afirmou Betting.

“O torcedor vai voltar aos jogos, mas no médio e longo prazo, veja o caso da Arena do Grêmio. Fizemos um levantamento de bilheteria o Grêmio teve 37% de ocupação do estádio ano passado”, alertou ele.

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