Sem Guilheiro, Brasil vai ao Masters com 14 judocas

A seleção brasileira de judô já está no Casaquistão para a disputa do Masters de Judô, torneio que abre a temporada e reúne apenas os 16 atletas mais bem colocados no ranking mundial de cada uma das 14 categorias olímpicas. A competição, que acontecerá entre os dias 14 e 15 de janeiro, em Almaty, contará com a participação de 14 judocas do Brasil, em 12 categorias de peso diferentes.

O melhor brasileiro no ranking mundial, porém, não está no Casaquistão. Leandro Gulheiro, segundo melhor entre os meio-médios, optou por não participar da competição, uma vez que ele já está praticamente garantido nos Jogos Olímpicos de Londres e a pontuação distribuída no Masters não faria grande diferença para ele. Já na categoria até 70kg feminina, Maria Portela não conquistou a classificação.

“Trata-se, sem dúvida, de uma das competições mais fortes do mundo, já que apenas os melhores atletas estão presentes. Mas é também uma das melhores para se conquistar pontos para o ranking mundial. Uma vitória na primeira rodada já garante 80 pontos, quase o mesmo do que o vencedor de uma etapa de Copa do Mundo (100 pontos), que precisa lutar cinco vezes para ser campeão”, avalia o coordenador técnico da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson.

Depois das Olimpíadas e do Campeonato Mundial, o Masters é a competição que mais vale pontos no ranking. O torneio dá 400 pontos ao campeão, 240 para o segundo colocado e 160 para os judocas que ficarem em terceiro.

O Brasil terá dois representantes na categoria até 90kg (Tiago Camilo e Hugo Pessanha) e dois na mais de 100kg (Rafael Silva e Daniel Hernandes). Em ambas, os brasileiros brigaram entre si pela única vaga olímpica do País. “Restam apenas poucos eventos válidos para a classificação olímpica e agora é um jogo de xadrez na busca por pontos que levem a Londres”, diz Ney Wilson.