Seleção brasileira sofre, mas vence Equador

Estocolmo – Dunga obteve a quarta vitória em cinco jogos no comando da seleção brasileira: 2 a 1 contra o Equador, ontem, em Estocolmo. Mais um triunfo sem grande expressão – como havia ocorrido diante do País de Gales e Kuwait -, mas que dá confiança ao treinador e ajuda, aos poucos, a resgatar o moral do grupo, abalado após o fracasso na Alemanha. De interessante mesmo no confronto sul-americano foi o bom desempenho de Ronaldinho Gaúcho, no segundo tempo.

?Acho que, agora, vão parar de dizer que o Ronaldinho e eu não podemos jogar juntos na seleção?, desabafou Kaká, que teve boa atuação.

Dupla titular

Os dois podem, sim, ser titulares do time de Dunga. Têm entrosamento e se entendem bem em campo. Ronaldinho só foi para a reserva porque vinha jogando de forma burocrática, sendo improdutivo.

O resultado não merece, no entanto, muita festa. Como não mereceram os 2 a 0 sobre País de Gales e os 4 a 0 contra o Kuwait. Na gestão Dunga, valeu mesmo a boa vitória sobre a Argentina (3 a 0), mês passado, em Londres.

11 contra 10

O desempenho brasileiro no lotado Estádio Rassunda – em que houve várias invasões de campo por parte dos torcedores – esteve longe de ser empolgante. A seleção só conseguiu criar espaços e incomodar o adversário após os 28 minutos do primeiro tempo, quando Valencia deu uma cotovelada em Dudu Cearense e acabou expulso. Na ocasião, o time de Dunga perdia por 1 a 0 – gol de Borja, em falha do goleiro Gomes e da dupla de zaga – e nada fazia ofensivamente. Pouco antes do intervalo, Fred empatou.

Com a vantagem de um jogador em campo, Dunga tirou Dudu Cearense e colocou Ronaldinho. Mesmo não sendo brilhante, o Brasil cresceu e passou a pressionar o rival. Após algumas oportunidades desperdiçadas, a seleção, cinco vezes campeã do mundo, chegou ao gol da vitória: Ronaldinho deu ótimo passe para Kaká marcar.

Ronaldinho entra no 2.º tempo e se destaca

Estocolmo – Ronaldinho Gaúcho não vive grande fase. Mas, apesar das críticas e da pressão na seleção e no Barcelona, não perde a tranqüilidade e nem reclama. Ao contrário. Ontem, após ter ficado no banco de reservas do Brasil no primeiro tempo da vitória sobre o Equador, deu entrevistas normalmente. E disse considerar o fato normal. ?Todo mundo tem que ter humildade para ficar no banco de reservas e dar força para os companheiros?, afirmou o craque.

Melhor em campo

O jogador foi eleito o melhor em campo pela organização do amistoso. Com justiça. Ao lado de Kaká, criou as melhores jogadas da equipe no segundo tempo. Mas não saiu de campo totalmente satisfeito. Mais uma vez, faltou-lhe o gol. Passou perto por duas vezes. Em duas ótimas cobranças de falta, acertou o travessão equatoriano. Mas a sorte não o tem ajudado ultimamente. Completou, ontem, 13 jogos sem fazer gol pela seleção.

?Fica para a Suíça?, disse Ronaldinho, rindo. Na Basiléia, diante da seleção suíça, em 15 de novembro, terá, pela última vez, a oportunidade de balançar as redes atuando pelo Brasil em 2006. Na Copa da Alemanha, passou em branco. E, nos amistosos anteriores – tanto com Dunga, quanto com Parreira -, não marcou nenhuma vez. Na Suíça, o meia-atacante voltará ao time titular.

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