Rumo ao Catar

Seleção brasileira inicia novo ciclo com vitória

Neymar, com a braçadeira de capitão, marcou o seu. Foto: Pedro Martins/MoWA Press

Começou a caminhada para o Catar. Claro que não é “logo ali”, como diria aquele amigo nosso, mas a seleção brasileira iniciou o ciclo que vai até a Copa do Mundo de 2022. No primeiro teste, uma vitória tranquila sobre os Estados Unidos por 2×0, nesta sexta-feira (7), em East Rutherford, cidade colada em Nova York, mas no estado americano de Nova Jersey. Foi o primeiro de uma série de amistosos até o final do ano – o próximo será contra El Salvador, na terça (10), às 21h30, em Washington.

A seleção entrava em campo com cinco titulares e cinco reservas da Copa do Mundo – apenas Fabinho não esteve na Rússia. Neymar, agora o “capitão 1”, recebia de novo a responsabilidade de liderar uma geração. Ao seu lado, Philippe Coutinho, Douglas Costa e Roberto Firmino – para muitos, os três que deveriam estar desde o início do jogo contra a Bélgica (não se pode esquecer que Douglas estava descontado, por conta das lesões). E no banco, Tite, o primeiro treinador em 40 anos a terminar uma Copa e começar o ciclo seguinte.

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Roberto Firmino abriu o placar. Foto: Pedro Martins/MoWA Press
Roberto Firmino abriu o placar. Foto: Pedro Martins/MoWA Press

Se era para o quarteto ofensivo ter jogado, rapidamente surgiu mais uma evidência a favor deles. Logo a 10 minutos, Douglas Costa deu uma daquelas arrancadas pela direita e cruzou na medida para Roberto Firmino, que abriu o placar. A seleção norte-americana, a rigor, pareceu mais ameaçadora durante o hino, quando foi estendida uma bandeira gigantesca em 75% do gramado. Com a bola rolando, o Brasil era muito melhor. Mas muito mesmo.

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Era tanta superioridade que a seleção dominava mas não criava muitas oportunidades. Os jogadores pareciam saber que seria fácil chegar a mais um gol. Só que isso gerava uma posse de bola grande, mas um jogo sonolento. E que ficou perigoso, porque uma bobeada deixava os donos da casa perto do gol. Como aos 33 minutos, quando McKennie apareceu na cara de Alisson, e o goleiro foi ágil para defender. Foi um aviso que surtiu efeito, porque logo depois houve um bombardeio da meta americana, com Neymar, Coutinho e Fabinho tentando e parando na defesa e no goleiro Steffen.

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Aos 43, a vantagem foi ampliada. Fabinho, destaque do primeiro tempo, ganhou da marcação e cavou um pênalti. Neymar cobrou com categoria, jogando o goleiro lá do outro lado do rio Hudson e fez 2×0. A etapa final seguiu no mesmo ritmo, com a seleção chegando com facilidade ao gol de Steffen. Com 15 minutos, Tite promoveu a primeira estreia do novo ciclo: Arthur, hoje a grande promessa do futebol brasileiro e já destaque do Barcelona, entrou no lugar de Fred. Willian também entrou, na vaga de Douglas Costa – que foi muito bem.

Fabinho foi um dos estreantes do jogo. E aproveitou bem a oportunidade. Foto: Pedro Martins/MoWa Press
Fabinho foi um dos estreantes do jogo. E aproveitou bem a oportunidade. Foto: Pedro Martins/MoWa Press

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O jogo já estava decidido nesse momento, era mesmo a hora de fazer avaliações. Até os EUA testavam, incluindo Tim Weah, filho do grande George Weah, ex-craque e hoje presidente da Libéria. E a novidade seguinte foi Lucas Paquetá, que entrou no lugar de Philippe Coutinho. O Brasil mantinha a estrutura básica de jogo que vem desde o início da “era Tite”, em junho de 2016: buscava ter o controle tático, mas voltava todo para marcar e saía em rápidos contra-ataques – esquema reforçado com a entrada de Richarlison, atacante do Everton e outro estreante, no lugar de Roberto Firmino.

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O Brasil passou os minutos finais do jogo trocando passes e buscando espaços para ampliar o placar. E promovendo estreias: Dedé entrou no lugar de Thiago Silva e Everton na vaga de Neymar. Sem muita ambição, a seleção não conseguiu marcar, e fechou a noite com uma vitória sólida, mas de pouco brilho. E faltam 1536 dias para o início da Copa do Mundo.

Ficha técnica

Amistoso

ESTADOS UNIDOS 0x2 BRASIL

Estados Unidos
Steffen; Yedlin, Miazga, Brooks e Robinson; Trapp (Roldán), Adams, McKennie (Delgado), Arriola (Acosta) e Green (Tim Weah); Wood (Zardes).
Técnico: Dave Sarachan

Brasil
Alisson; Fabinho, Marquinhos, Thiago Silva (Dedé) e Filipe Luís; Casemiro, Fred (Arthur) e Philippe Coutinho (Lucas Paquetá); Douglas Costa (Willian), Neymar (Everton) e Roberto Firmino (Richarlison).
Técnico: Tite

Local: Metlife Stadium (East Rutherford-EUA)
Árbitro: Fernando Guerrero Ramírez (MEX)
Assistentes: Alberto Morín Mendez (MEX) e Andrés Hernández Delgado (MEX)
Gols: Roberto Firmino 10 e Neymar 43 do 1º
Público total: 32.489

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