Seleção brasileira atual decepciona craques do passado

A seleção brasileira, diferentemente de outras épocas, não mete medo em mais ninguém. Pelo futebol pragmático e sem objetividade que apresenta, é possível afirmar que a equipe canarinho perdeu seu encanto e a sua magia, de acordo com antigos ídolos do futebol paranaense.

Para o ex-goleiro Jairo, campeão brasileiro pelo Coritiba e com passagens pela seleção brasileira de 76 a 78, a equipe nacional não está convencendo. Ele torce para o sucesso de Dunga, mas acredita que a seleção atual não desperta mais o mesmo sentimento de outrora no coração dos torcedores brasileiros. ?A seleção está sem graça. Na minha época, era uma grande ansiedade antes dos jogos do Brasil. Não é só devido ao atual nível do futebol apresentado. O problema é toda essa violência nos estádios, que infelizmente afastou os torcedores do futebol.?

Segundo Jairo, o Brasileirão está nivelado por baixo. ?Acho esse campeonato muito fraco tecnicamente. Um time que está em uma condição melhor (o São Paulo) ganha com sobras?, disse o ex-goleiro. A fragilidade da maioria dos clubes neste Brasileirão não é novidade. Para Jairo, na sua época de jogador, o futebol primava muito mais pela qualidade. ?Em todos os clubes havia de seis a oito jogadores de primeira linha. Uns dois ou três corriam atrás e o resto jogava. Hoje é o contrário. Todo mundo corre atrás e ninguém joga?, afirmou. Para Barcímio Sicupira Júnior, maior artilheiro da história do Atlético com 157 gols, o técnico Dunga tem uma parcela de culpa pelo mau futebol apresentado. ?É preciso um pouquinho mais de ousadia. O Dunga me parece medroso. Ele está modificando a alma da seleção. Esse não é o Brasil que a gente conhece?, afirmou. O craque da 8 alerta: para a seleção recuperar seu prestígio, terá de mostrar muito futebol. ?Não mete medo em mais ninguém. Tirando o Juan e o trio da frente, não tem mais nada. Esses três também estão devendo. O Robinho não pedala mais. O Kaká não carrega mais a bola e o Ronaldinho só joga com toquinho pro lado. Assim não dá mais?, finalizou.

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