Se Tricolor dependesse do returno, estaria com problemas

O Paraná Clube terá que ‘exorcizar’ seus demônios para seguir alimentando o sonho do acesso na reta final da Série B. Além de driblar desfalques, o técnico Dado Cavalcanti tenta recuperar a confiança do grupo. Neste returno, o Tricolor tem a pior campanha dentre os oito clubes que brigam por duas vagas na Série A do ano que vem.

Com apenas duas vitórias, o Paraná somou, em dez rodadas, 9 pontos. Um aproveitamento de 30%, compatível com equipes que lutam contra a ‘degola’. O rendimento pífio contrasta com o que fizeram, por exemplo, Sport, Figueirense e Avaí. Com 19 pontos, os três têm rendimento de 63,33%. O trio é seguido de perto por Ceará e Icasa (60%) e América-MG (56,67%). Somente o Joinville tem um desempenho parecido com o do Tricolor: 36,67%. ‘Nesse momento, não adianta ficar olhando para trás. Sabemos que deixamos escapar muitos pontos, mas passou. Agora, é olhar sempre para frente’, dispara Ricardo Conceição.

Internamente, o Paraná trabalha com apenas um resultado: vitória sobre o Boa Esporte. ‘É o que realmente interessa. Toda e qualquer projeção passa por um bom resultado em Minas Gerais, e é isso que devemos ter em mente. O jogo deve ser tratado como uma final’, comentou o goleiro Marcos. Mesmo não tendo jogado uma partida sequer neste Brasileiro, o jogador tem importância reconhecida no grupo, por sua liderança. A ponto de, em vários jogos, ter ido para o banco de reservas mesmo sem ter condições de jogo. Nessas oportunidades, o Tricolor ficou com dois goleiros na suplência.

Apesar de toda a instabilidade, no Tricolor todos se apegam ao fato de que o time tem cinco jogos para tirar uma diferença de apenas dois pontos.