Silverstone – Se Michael Schumacher vencer o GP da França no próximo dia 21, e o segundo colocado não for nem Rubens Barrichello, nem Juan Pablo Montoya, a Fórmula 1 estará assistindo em Magny-Cours à conquista mais mole de todos os tempos. O alemão da Ferrari ganhou domingo sua sétima corrida no ano, em Silverstone, na Inglaterra. Foi a décima etapa da temporada, e a mais confusa de todas, graças à chuva.
Confusa para todos, menos para Schumacher, que venceu com a simplicidade que lhe permite um carro excepcional, a F2002, e os pneus Bridgestone, ótimos no seco, excelentes no piso molhado. Se conquistar o penta na França, ele terá resolvido seu problema com 64,7% das 17 etapas do campeonato disputadas. O recorde é de 1992, quando Nigel Mansell ganhou o título cinco provas antes do final, com 68,7% delas disputadas.
Recordes são o que restam a Schumacher na F-1. E cada vez menos. Ontem ele quebrou um e igualou outro: é o piloto que mais subiu ao pódio na história (107 vezes) e, ao lado de Carlos Reutemann, o que marcou pontos em mais GPs consecutivos (15, desde a Hungria no ano passado).
Calma foi segredo de Rubinho
Silverstone
– Despencar de segundo para último no grid por causa de um defeito no sistema de largada não é uma experiência muito agradável para um piloto que vem de vitória e que vive a melhor fase da carreira. Mas aconteceu com Barrichello domingo, que já havia empacado na volta de apresentação neste ano, em Barcelona. A diferença é que na Espanha ele nem largou. Ontem, conseguiu.“Apagou tudo no volante e a equipe não sabia o que era. Desliguei a ignição, o carro deu um e graças a Deus funcionou”, contou o brasileiro.
A briga com Montoya pelo segundo lugar foi o momento mais bonito da corrida, para ele. O colombiano fez aultrapassagem na saída do último pit stop, na volta 41. “Ele me pegou de surpresa”, contou o brasileiro, que deu o troco seis voltas depois.
Com a segunda colocação, Rubens assumiu a vice-liderança do Mundial com 32 pontos. (FG)