São Paulo tenta consolidar reação contra o Flamengo

Qual foi o segredo do São Paulo campeão brasileiro em 2007? O técnico Muricy Ramalho sabe a resposta sem pestanejar: o time não tomava conhecimento dos rivais diretos na briga pelo título. Foi assim com Cruzeiro, Santos, Grêmio, Botafogo, Palmeiras e Internacional, que cruzaram o caminho tricolor ainda com chances de brigar pelo título e foram deixados para trás.

O treinador quer fazer o mesmo neste ano. A começar pelo jogo contra o Flamengo neste sábado, no Maracanã. O rival é o atual líder com 13 pontos, sete à frente dos comandados de Muricy. Depois o São Paulo ainda vai enfrentar Cruzeiro e Náutico, segundo e terceiro colocados, respectivamente, intercalados com os jogos diante de Sport e Ipatinga.

"Eu gosto muito de basquete. Quando um time abre 20 pontos de diferença, o técnico adversário pede tempo e fala: não adianta tirar tudo em uma cesta. Precisa marcar forte, fazer dois pontos de cada vez. No futebol é igual. Temos que tirar aos poucos. Mas esse tipo de jogo é importante porque é contra o líder. No ano passado, ganhamos o título assim, derrotando quem estava na nossa frente".

A arrancada no ano passado começou contra o Cruzeiro, com uma vitória por 2 a 1 no Mineirão. O São Paulo engatou então seis vitórias seguidas, incluindo sobre os então líderes Botafogo e Grêmio, ambos fora de casa, e pulou na ponta para não sair mais – e terminar com 15 pontos de vantagem para o vice-campeão Santos.

"Vamos encarar como uma decisão, porque se perdermos vamos ficar dez pontos atrás. Sabemos que é começo de competição, mas a intenção é diminuir essa desvantagem o quanto antes", afirmou o zagueiro André Dias.

Reconstrução 

Muricy não se iludiu com a vitória de 5 a 1 sobre o Atlético Mineiro, no último sábado, no Morumbi. Segundo ele, o time ainda não terminou de se recuperar pela eliminação na Libertadores. "O trabalho é de reerguer o time com treino e conversa. A vida não pode parar. Essa é a pior parte porque quando ganha tem o sucesso, mas quando perde o jogador fica só. Eu sei o que os jogadores sentem", filosofou Muricy.

Voltar ao topo