São Paulo consegue empate na Bolívia

La Paz – Faltaram ar, pontaria e sorte – mas sobrou disposição. Mesmo diante de tantas adversidades, o São Paulo trouxe bom resultado de La Paz em sua estréia na competição mais desejada, a Copa Libertadores da América. Jogando a 3.600 metros de altitude e sofrendo com o ar rarefeito a equipe de Emerson Leão mostrou força para buscar importante empate com o The Strongest: 3 a 3. Com isso, continua invicta em 2005: 9 vitórias e 2 empates.

Na altitude, onde o rendimento dos jogadores é prejudicado com a falta de fôlego, que proporciona tonturas e, em alguns, até ânsia de vômito, o desperdício de gols é fatal. Depois de bom início, com domínio do jogo e do gol de Danilo, o São Paulo desperdiçou outras boas chances. A sorte parecia estar do lado do The Strongest, o campeão do Torneio Clausura boliviano.

Depois de um chutão, numa dividida entre Lugano e um boliviano, a bola acabou nos pés do argentino Cuba, na pequena área: 1 a 1. O gol levantou a pequena torcida presente no estádio Hernando Siles.

Com os gritos das arquibancadas quase vazias, o time boliviano empolgou-se. Cuéllar chegou a mandar a bola na trave antes do gol da virada do The Strongest, marcado pelo paraguaio Hugo Sosa – Rogério Ceni foi enganado pelo efeito da bola.

Leão buscou corrigir a marcação trocando Alex por Flávio. Mas os volantes Mineiro e Josué, destaques pelo vigor físico, perdiam na corrida, prenúncio de que a noite não seria boa. Logo no começo do segundo tempo, para piorar, Escobar fez 3 a 1 para o time da casa.

A técnica deu lugar ao coração, à garra. Se não dava com jogadas ensaiadas, em toques de bola, porque não apelar para chutes longos ou cruzamentos. E assim, o São Paulo chegou ao empate. Marcou primeiro com Luizão, já quase sem fôlego. E depois, no fim do jogo, Grafite fez, de cabeça, o terceiro.

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