São-paulino alfineta Sanchez, mas promete empenho

O assunto foi debatido exaustivamente na última semana e vai ganhar ainda mais espaço na próxima. O São Paulo enfrenta o Fluminense no domingo, na Arena Barueri, e o resultado da partida vai interferir na briga do Corinthians pelo título brasileiro.

Em manifestações na internet, a torcida pede para os são-paulinos darem uma força para Muricy Ramalho e amolecerem o jogo. O comportamento dos jogadores do Corinthians na derrota para o Flamengo por 2 a 0, no Brinco de Ouro, em Campinas, que praticamente deu o título aos cariocas no ano passado, ainda não foi digerido.

Todos os jogadores que passaram pela sala de imprensa do CT da Barra Funda na semana passada – e com certeza os que ainda vão passar por lá até o confronto – garantem que não há qualquer possibilidade de entregar o jogo para o Fluminense e que vão jogar para ganhar.

A diretoria também não espera outro comportamento dos atletas. Irritado com tantos questionamentos sobre o tema, o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes tenta dar um basta na história já no início da semana do duelo que interessa ao rival.

“Nós não temos essa tradição. Ele é capaz de ter”, disse, citando o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez. “O São Paulo tem mostrado ao longo de sua vida uma lisura muito grande, os atletas sempre tiveram essa consciência de que lutamos em todos os jogos. Não vamos manchar a nossa camisa com esse tipo de comportamento.”

João Paulo estava se referindo ao jogo contra o Flamengo, aquele que os torcedores não esquecem. A afirmação seguinte deixou isso bem claro. “Nossos goleiros não se desviam de pênaltis, esse tipo de coisa”, disse, em referência ao goleiro Felipe, hoje no Braga, de Portugal, que não pulou no pênalti convertido por Léo Moura. “Os jogadores sabem que se tiverem esse tipo de comportamento ficam queimados. O futebol é coisa séria”, completou.

SÓ OS TORCEDORES – O pedido de alguns torcedores são-paulinos para entregar o jogo, neste caso, não será atendido. “O torcedor, claro, pode pedir aos jogadores, mas eu, como dirigente, não. Como vou encarar não só os atletas, mas os nossos cardeais, o Laudo Natel, o Manoel Raimundo Paes de Almeida, dizendo que eu dei orientação para não ter o empenho habitual”, discursou João Paulo. “A obrigação que temos é entrar para vencer como sempre fazemos. A questão básica é essa. Já demonstramos no passado que não somos afeitos a esse tipo de comportamento.”

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