Santos ameaça, Atlético se arma contra “guerra”

Desespero de perdedor? É mais ou menos assim que os dirigentes do Atlético estão encarando a guerra fria dos cartolas do Santos contra o clube da Baixada. Foi só perder mais dois mandos de jogos devido a um copo arremessado no gramado da Vila Belmiro, os cartolas do Peixe deflagraram uma caça a imagens que mostrem torcedores rubro-negros fazendo o mesmo na Arena. Tudo para prejudicar o Furacão na reta final do Campeonato Brasileiro.

“O Atlético nunca se preocupou com os problemas do Santos. A gente se preocupa com os nossos problemas, com a nossa campanha, que está sendo bastante vitoriosa”, disse Alberto Maculan, diretor de futebol. “Espere mais, porque eles vão ficar provocando o tempo todo”, disparou.

O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, chegou a insinuar que o Atlético seria o responsável pelo boato da venda do atacante Robinho para o PSV, da Holanda. “Isso partiu da imprensa paulista, que promove jogadores deles como o Diego e o Robinho. Se o Dagoberto, o Fernandinho e o Jádson jogassem em São Paulo também seriam promovidos”. Ele não perdoou a tática santista para tentar desestabilizar o líder do Brasileirão. “Isso aí é choro de quem está desesperado”, finalizou.

Precaução

O Atlético está se precavendo e vai reforçar a segurança na Arena para o clássico de amanhã contra o Paraná Clube. A medida é evitar perda de mando de campo por eventual objeto atirado ao gramado. As grades em todos os setores de arquibancadas do Estádio Joaquim Américo terão mais pessoas fazendo a fiscalização, serão distribuídos 20 mil panfletos alertando o torcedor contra os prejuízos que o clube pode sofrer. Além disso, os zagueiros Marcão e Rogério Correia serão levados até a cabine de som para solicitar a compreensão da torcida. O setor destinado aos visitantes receberá o mesmo tratamento.

Até a imprensa sumiu por conta dos segredos

Para que serve uma sala de imprensa? Para abrigar jornalistas e demais funcionários de jornais, rádios e tevês? Não no Atlético, que apesar de ser líder do campeonato brasileiro resolveu radicalizar no mistério e proibiu até a entrada dos profissionais da mídia local até para usar o ambiente, que tem sofás para o descanso, telefone para contatos, linhas para trabalho e banheiros para as necessidades fisiológicas. E olha que mal dá para ver alguma coisa pela janela (que normalmente é fechada) sobre a equipe durante o treinamento.

Esse foi o clima do treinamento apronto de ontem no CT do Caju, a pedido do técnico Levir Culpi e aprovado pelo diretor de futebol Alberto Maculan. “Vocês não podem reclamar por que aqui são bem tratados. Tem suco e água à vontade e sempre são bem atendidos”, disse o dirigente. De acordo com ele, imagens realizadas da sala poderiam revelar os mistérios para o clássico de amanhã contra o Paraná Clube. “O técnico queria fazer um treino em segredo porque da sala saiu foto no jornal e imagens na tevê sobre a equipe”, apontou.

Mesmo assim, ninguém ficou conformado e o prejuízo foi claro. Quem não pode usar as linhas instaladas na sala, batizada Sônia Nassar, teve que apelar para o telefone celular e viu seu trabalho bastante prejudicado. “Não tem nada contra a imprensa, é apenas uma decisão do técnico, que está usando o mesmo artifício do treinador do Paraná Clube”, explicou Maculan. O mesmo dirigente havia pedido a união da imprensa paranaense contra alguns setores da mídia de São Paulo.

Time

Blindado pelas árvores e pela distância do portão até o campo de treinamento, Levir comandou o último trabalho técnico e tático antes de pegar o tricolor. Ninguém falou sobre o que pode acontecer, mas as principais dúvidas estão na zaga a no aproveitamento de Fernandinho, na ala ou no meio. O mais provável é que Ígor ganhe o lugar de Marcão, suspenso, na zaga, mas Bruno Lança também tem chance. Já Fernandinho tem mais chance de atuar pelo meio, ao lado de Alan Bahia e Jádson. Assim, William e Pingo devem disputar um lugar na ala direita. A provável equipe atleticana deverá ter Diego; Marinho, Fabiano e Ígor (Bruno Lança); William (Pingo), Alan Bahia, Fernandinho, Jádson e Ivan; Dagoberto e Washington.

Voltar ao topo