Rubro-Negro vence Moto por 3 a 1 e já está classificado

Apesar do sufoco no final, o início arrasador garantiu a classificação do Atlético para a segunda fase da Copa do Brasil. Com os 3 a 1 sobre o Moto Club, ontem, no Estádio Nhozinho Santos, o Rubro-Negro nem precisa disputar o jogo de volta contra os maranhenses. O próximo adversário do Furacão na competição sairá entre Volta Redonda e América/MG (ontem vitória do Volta por 2 a 1, no Rio de Janeiro), que voltam a se enfrentar na próxima semana. Pelo Campeonato Paranaense, o time comandado por Lothar Matthäus enfrenta o Francisco Beltrão, sábado ou domingo, no Anilado.

Se a meta era ?matar? os maranhenses logo no primeiro jogo e fazer valer o regulamento da competição, que favorece o time que vence fora de casa por dois ou mais gols no jogo de ida, o Atlético mostrou aplicação e determinação, bem diferente do marasmo de Rolândia. Arrasador, para dizer o mínimo. Em oito minutos, o Rubro-Negro paranaense mostrou maior qualidade e marcou os gols que precisava para se garantir na segunda fase.

Após Michel Bastos cobrar falta e exigir boa intervenção do goleiro Marabá, Dagoberto resolveu mostrar sua genialidade. Em cobrança de falta da esquerda, o craque mandou direto, enganou o arqueiro e abriu o caminho para a classificação. Não demorou muito para o mesmo Michel cruzar com perigo novamente. O volante Alan Bahia ajeitou e o zagueiro Paulo André fuzilou. Com dois de diferença, o Moto foi à frente e levou perigo ao gol de Tiago Cardoso, mas deixou buracos na defesa para os contra-ataques.

Era o que Dagoberto mais queria. Quando pegou a bola e partiu em velocidade, deixou a defesa para trás e cruzou na medida para o pequeno Ferreira cabecear e aumentar o marcador. Ficou fácil, mas faltou acertar a pontaria para virar goleada. Principalmente com Selmir e com Dagoberto, que deixaram escapar boas oportunidades.

Como já era esperado, no segundo tempo os maranhenses foram pro ataque, mas, com exceção do talentoso Válber, poucos jogadores mostraram competência para furar o bloqueio armado por Matthäus. Mesmo assim, Tiago teve que se desdobrar para segurar o marcador e garantir a classificação direta para a segunda fase. Até cometer pênalti em Gabriel, que Válber cobrou com precisão para fazer o de honra. A pressão para garantir mais um e o jogo de volta foi grande, mas sem sucesso.

COPA DO BRASIL
1.ª fase – Jogo de ida e único
Local: Nhozinho Santos (São Luís)
Árbitro: João José Leitão (PI)
Assistentes: Carlos Lustosa F.º (PI) e Antônio Santos Nunes (PI)
Gol: Dagoberto aos 5, Paulo André aos 8 e Ferreira aos 32 do 1.º tempo; Válber aos 38 do 2.º tempo
Cartão amarelo: Paulo André, Erandir, Valtinho, Jéfferson
Renda: não divulgada
Público: não divulgado

Moto Club 1 x 3 Atlético

Moto Club
Marabá; Careca, Givanildo, Jéfferson e Alexandre; Gegê, Valtinho, Válber e Diná (Matinha); Gabriel e Juninho. Técnico: Sandow Feques

Atlético
Tiago Cardoso; Erandir, Paulo André e Danilo; Jancarlos, Alan Bahia (Bruno Lança), Cristian, Ferreira e Michel Bastos; Dagoberto e Selmir (Cléo). Técnico: Lothar Matthäus

Aloísio e São Paulo terão que desembolsar R$ 72 mil por dia

O atacante Aloísio e o São Paulo terão que pagar R$ 72 mil reais por dia caso o contrato que o jogador tem com o Atlético não seja cumprido. Através de uma medida liminar, concedida pela 1.ª Vara do Trabalho de Curitiba, assim que as partes forem notificadas e não cumprirem a decisão ?morrerão? com a quantia.

O clube paulista, por sua vez, está fazendo pouco caso e pediu à CBF o registro do atleta como se tivesse acertado o empréstimo junto ao Rubin Kazan/RUS, antigo clube do fujão.

?O Atlético impetrou algumas medidas na Justiça do Trabalho e obteve uma decisão liminar que impõe ao Aloísio a obrigação de imediatamente se reapresentar ao clube?, disse o presidente João Augusto Fleury da Rocha à Rádio Transamérica. Caso o atacante não apareça no CT do Caju para treinar, uma multa será aplicada tanto ao jogador quanto ao clube. ?A medida impôs ao São Paulo que eles se abstenham de praticar quaisquer atos que venham a perturbar o relacionamento jurídico do atleta com o Atlético, principalmente junto à CBF?, prosseguiu.

A liminar conseguida pelo Rubro-Negro também garante que o contrato que as partes assinaram e está protocolado na CBF seja cumprido. Mesmo assim, o dirigente abre a possibilidade de uma negociação com Aloísio e até o São Paulo para um entendimento. ?Nós somos pessoas de diálogo e podemos alcançar uma maneira de satisfazer os interesses comuns. O que nós não podemos aceitar é que o jogador assine contrato com o Atlético até o final de 2006 e, sem consultar uma assessoria jurídica adequada, tome a iniciativa de assinar outro contrato com outro time?, ponderou.

O lado de lá

O São Paulo e o Rubin Kazan, da Rússia, enviaram ontem à CBF a documentação referente ao empréstimo do jogador Aloísio até 30 de junho. A partir de julho, ele tem contrato de três anos com o São Paulo. ?Nós estamos certos de que o Atlético não tem nada com o negócio e que estamos fazendo a coisa certa?, diz José Carlos Ferreira Alves, advogado do clube. Aloísio continua treinando, e diz que está pronto para jogar. O atacante ajudou um conjunto de Sergipe – Boca de Forno – a gravar um CD. Uma das músicas é uma homenagem a ele. Conta como o menino pobre de Atalaia, em Sergipe, fez sucesso através do futebol.

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