Celso Roth comemorou a classificação para a final da Copa Libertadores e exaltou a atuação do Internacional nesta quinta-feira, mas lamentou a derrota para o São Paulo, por 2 a 1, no Morumbi, no primeiro revés do time sob o seu comando.
“Foi um jogo bom e emocionante. O grupo mostrou força e união. Acho que a arbitragem não foi bem na partida: marcou faltas inexistentes para o São Paulo e expulsou injustamente o Tinga. Mas faz parte. Nossa luta foi maior e estamos na final”, declarou Roth, otimista com a atuação da sua equipe.
“Acho que, se o Inter mantiver com essa mentalidade, com todo mundo participando o tempo todo, atrás da linha da bola, marcando sem bola, será um time difícil de ser batido. O Inter jogou com muito equilíbrio, com muita capacidade hoje”, afirmou o treinador, que lamentou a derrota, apesar da classificação. “O Inter merecia ter um resultado melhor hoje, por tudo que aconteceu no jogo”.
Para o técnico, o São Paulo só conseguiu a vitória por causa do erro cometido pelo goleiro Renan no primeiro tempo. “O São Paulo conseguiu a vitória porque nós erramos. Em jogo decisivo, nós não podemos errar. Os jogadores sabiam disso”, disse Roth, sem citar nomes.
Com o resultado desta quinta, o Inter também garantiu a vaga no Mundial de Clubes, em dezembro, já que o Chivas, por ser do México, não poderá representar a Conmebol na competição nos Emirados Árabes.
No entanto, Roth evitou comemorar a conquista. “Vamos comemorar sim a passagem de fase. Respeitamos o Chivas, mas o clássicos nacionais são sempre muito importantes”, disse o técnico, que negou o favoritismo do Inter. “O Chivas tem uma bela equipe. Foi até o Chile e conquistou a vaga. O futebol hoje está muito parecido”.
Depois de eliminar o São Paulo, Roth já começou a pensar na decisão. O técnico disse estar preocupado com a possibilidade de jogar em um gramado sintético no novo estádio do Chivas, em Guadalajara.
“Certamente nós vamos pleitear jogar em gramado natural, e não no sintético. Temos que ter a clareza de conversar. A federação vai decidir onde vamos jogar, mas o que interessa é que nós consigamos nos adaptar. As dificuldades surgirão independente do tipo de gramado. Se não conseguirmos [atuar em gramado natural], vamos jogar onde for decidido”, declarou.