Rodrigo Pessoa pode herdar ouro olímpico

São Paulo – Rodrigo Pessoa e Baloubet du Rouet, medalha de ouro em Atenas. A possibilidade passou a existir a partir do resultado positivo no exame antidoping (feito na amostra A de urina) do cavalo Waterford Crystal, montado pelo irlandês Cian O?Connor, conjunto que ganhou a prova de saltos do hipismo dos Jogos Olímpicos de Atenas.

O resultado foi divulgado ontem pela Federação Eqüestre Internacional. O conjunto que representou o Brasil, Rodrigo e Baloubet, ganhou prata, mas herdará o ouro se confirmada a existência de substância proibida na contraprova (frasco B), que deverá ser requerida dentro de dez dias pelos interessados.

Caso ganhe a medalha, o Brasil passará da 18.ª para a 16.ª posição na classificação geral das Olimpíadas (com cinco medalhas de ouro).

Um recorde de 24 casos de doping foram reportados pelo Comitê Olímpico Internacional em Atenas – sete medalhas, sendo três de ouro, foram retiradas.

Rodrigo Pessoa, que está num concurso em Oslo, Noruega, prefere a cautela. “Fui informado pela FEI, mas vou esperar a posição que a Federação Irlandesa adotará. Não sei a substância usada, mas antiinflamatórios ou tranqüilizantes são trapaças, pois o cavalo estaria levando vantagem”, disse Pessoa.

Mas Rodrigo defende uma revisão na lista de substâncias, dizendo que deve haver diferença entre tratamento e doping. “Não é permitido quase nada”, revelou.

A FEI informou que dos 200 animais que competiram em Atenas, 40 foram testados. Em quatro foram detectadas substâncias proibidas. Nos saltos, o cavalo Goldfever, montado pelo alemão Ludger Beerbaum na disputa da medalha de ouro por equipes, é outro entre os que tiveram resultado positivo.

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