São Paulo – ?Essa é a minha chance de ouro. Se fiquei com a imagem arranhada no Atlético Mineiro, vou tratar de lustrá-la muito bem aqui no São Paulo.? Foi com esse discurso que o meia Rodrigo Fabri, de 29 anos, se apresentou na tarde de ontem, no CT da Barra Funda. É o primeiro reforço são-paulino para a temporada 2006.
Depois de ter sido rebaixado com o clube mineiro no Campeonato Brasileiro do ano passado, Rodrigo Fabri se tornou o primeiro atleta a sentir o gostinho de vestir a nova camisa do São Paulo (da Reebok), já com a terceira estrela vermelha que representa o tricampeonato mundial.
?Estou bobo com o profissionalismo ao extremo com que o São Paulo negociou comigo. Sei que o torcedor deve estar um pouco desconfiado da minha chegada, mas só poderei dar a resposta dentro de campo. Do fundo do meu coração, espero jogar muita bola, mas muita bola mesmo?, assegurou Rodrigo Fabri, que já pertenceu ao Real Madrid depois de despontar na Portuguesa, em 1996.
O jogador se mostrou surpreso por ter sido uma indicação do técnico Muricy Ramalho, com quem nunca trabalhou. ?Talvez tenha simpatizado com o meu estilo, quando vivi um dos melhores momentos da minha carreira, lá no Grêmio. Ele era técnico do Inter. Fomos rivais. Agora estou muito feliz de poder trabalhar com um dos melhores técnicos do Brasil?.
Antes de acertar com o São Paulo, Rodrigo Fabri chegou a ser pretendido pelo Palmeiras. O meia também falou sobre a campanha vexatória do Atlético-MG. ?Como querem que um jogador entenda a filosofia de um treinador que não se firma no cargo? Acho que em um ano e meio trabalhei com oito, nove técnicos. E outra: todo técnico que chegava trazia junto três, quatro jogadores. No fim do ano tínhamos sete jogadores da mesma posição e só três conseguiam jogar?, relembrou.