A limitação financeira e as notórias carências do Paraná Clube serão um teste ao conhecimento do técnico Roberto Cavalo. O treinador busca opções para a composição de um elenco “bom e barato”.
Com um conhecimento amplo da Série B – afinal, nos últimos anos vêm sendo esta a sua principal área de atuação -Cavalo terá que buscar alternativas na Terceirona ou até mesmo nas rotineiras listas de disponibilidades da Série A.
“Estamos trabalhando. Este, aliás, é o período em que os técnicos mais trabalham. O Muricy foi campeão domingo, mas tenho certeza que já está trabalhando 2011”, disse Roberto Cavalo.
O técnico sabe que o Tricolor está praticamente saindo do zero na montagem de seu elenco para a disputa do Paranaense. “Alguns que a gente pretendia segurar optaram por outras propostas. O jeito é recomeçar”, disse o treinador, esperando ter uma sorte diferente no novo ano.
Logo após não renovar com o Paraná, no início de 2011, Cavalo foi para o Mixto de Cuiabá. Levou jogadores como Perdigão e Gabiru, mas fracassou no campeonato matogrossense e acabou dispensado.
“A diretoria do Paraná está trabalhando de forma correta. Nosso torcedor vai entender isso e conseguiremos montar um time competitivo e de baixo custo mensal”, garantiu Roberto Cavalo. “Não adianta prometer um time de alto nível e depois não conseguir pagar os salários. A diretoria está colocando a casa em ordem e esse é o único caminho a seguir”, aposta.
Cavalo encara com naturalidade o desafio de reestruturar o elenco, a partir de pouco mais de uma dezena de remanescentes. Na prática, o Paraná conta atualmente com apenas 12 jogadores com contrato, sendo que alguns deles podem nem emplacar 2011 na Vila Capanema.
“Não falamos sobre quem fica ou quem sai, porque primeiro temos que definir renovações. Depois, observar as possibilidades de contratações. Aí então é que poderemos avaliar com tranquilidade se alguns desses jogadores poderão ser emprestados”, comentou Cavalo.
A comissão técnica pretendia chegar no dia 3 de janeiro – data do início da pré-temporada – com um grupo ao menos delineado. Já sabe que isso poderá não ocorrer, diante da dificuldade de se encaminhar algumas transações.
“Saímos atrás da dupla Atletiba, que já têm uma base, e alguns clubes do interior já estão trabalhando. Na verdade, vivemos uma corrida contra o tempo, mas a política adotada pela diretoria é a correta e estamos juntos nesse processo de resgate do Paraná”, arrematou o treinador.