Rio tem cambistas presos com ingressos de federações

A Fifa confirmou que alguns dos ingressos vendidos no mercado negro são de federações nacionais, que receberam os bilhetes da Fifa. A entidade informou nesta manhã de quinta-feira que dois cambistas que atuavam no hotel usado pela entidade como centro de operação no Rio foram presos. Os cambistas, um deles sendo francês, foram pegos praticando a ação ilegal no hotel Sofitel, em Copacabana.

O local é ocupado pela Fifa como escritório e serve como sede da entidade no Brasil. As denúncias fizeram o organismo agir e a polícia interveio para prender os cambistas. Cinquenta ingressos foram encontrados com os criminosos, que passaram a ser investigados pelas autoridades brasileiras. “É incrível que essas pessoas se sentem entre pessoas da Fifa e vendam entradas”, declarou Thierry Weil, diretor de marketing da entidade. “Eles estão presos hoje”, garantiu.

Weil admitiu que alguns dos ingressos – cerca de dez – estavam em nomes de federações nacionais. Mas o dirigente se recusou a dar o nome das entidades. “Isso não é importante. Não adianta culpar as pessoas”, insistiu.

A Fifa tem um histórico de casos de dirigentes que chegaram a atuar como cambistas, revendendo seus ingressos com lucros. O jornal O Estado de S. Paulo revelou na última quarta-feira que mais de 70 mil ingressos foram dados pela Fifa para cartolas de todo o mundo.

Weil também se recusou a dar informações se os ingressos estavam em nomes de dirigentes da Fifa. “Não tenho ideia”, assegurou. Além de entradas em nome de federações nacionais, a Fifa também encontrou com cambistas ingressos que eram de patrocinadores. “Não tenho o nome desses patrocinadores”, completou Weil. “Seria errado culpar as empresas”, completou.