Ricardo Pinto diz que Tricolor amadureceu

O jogo de amanhã, às 16h, na Vila Capanema, poderá ser um divisor de águas para o Paraná Clube. Após passar a maior parte do campeonato sob a tensão de um possível rebaixamento, o técnico Ricardo Pinto vê no clássico frente ao Atlético a chance de o time amadurecer de vez.

Uma maturidade que faltou no 1.º turno, quando o rival sapecou uma goleada de 5 x 1. “Experiência, às vezes, faz a diferença. Mas, no nosso caso, vejo que esses meninos amadureceram muito diante das nossas dificuldades”, comentou Ricardo Pinto, indagado sobre o fato do Atlético ter um time “rodado” e de Paulo Baier, 36 anos, ser sua principal referência.

O Tricolor, por sua vez, tem um grupo ainda em formação, ainda sem um grande ídolo, mas apostando em revelações do nível de Kelvin e Diego. “São jogadores de muita qualidade e que podem fazer a diferença”, diz o treinador, a respeito do duelo entre experiência e juventude, que terá como pano de fundo é a situação ruim dos clubes neste Paranaense.

O Atlético precisa do resultado para ainda alimentar o sonho de parar o Coritiba. Já o Paraná corre pela vitória para tentar sair da zona do rebaixamento. “Não dá para negar que a nossa situação é dramática. Temos cinco jogos para superar o Rio Branco e tirar o Paraná dessa situação. Uma posição na qual o clube não merece estar, por tudo o que representa no futebol paranaense”, admitiu Ricardo Pinto.

Na Vila Capanema, a torcida é por mais uma vitória do Coritiba, hoje. “Temos que torcer pelo Coritiba e, depois, fazer a nossa parte que é vencer o clássico”, afirmou o zagueiro Luciano Castan. Esta combinação de resultados faria com que o Paraná fechasse esta rodada, pelos critérios de desempate, fora da ZR. “Não custa dar uma secadinha no Rio Branco. Mas, é claro, com a certeza de que o mais importante é a gente fazer um grande jogo no domingo”, emendou Castan.

O caminho para superar o Atlético passa, na visão de Ricardo Pinto, por uma marcação muito eficaz. “Temos que correr mais, marcar mais. Só assim, podemos igualar o jogo e aí fazer valer essa nossa juventude e velocidade”.

O treinador acredita que para não ter problemas com a bola parada do adversário, só há uma solução: não cometer faltas perto da área. “O Paulo Baier tem muita qualidade, mas não é só isso. Temos também que melhorar nosso posicionamento, pois falhamos demais contra o Botafogo”, reconheceu. “A partir de uma postura coesa, teremos condição de explorar nossas virtudes para vencer este jogo. É o único resultado que nos interessa”, arrematou.