Sai ou não sai?

Reunião deve resolver problema do teto retrátil da Arena

Uma reunião de emergência entre o presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, e o diretor executivo da Lanik I.S.A., César França, será realizada hoje, na sede administrativa do clube, na Arena da Baixada, para tentar resolver os problemas e discordâncias que estão travando o andamento da obra de instalação do teto retrátil. Um novo acordo entre as partes deve ser formalizado para que finalmente a tampa do caldeirão seja colocada o mais rápido possível e que o estádio se torne um dos maiores complexos de entretenimento da América Latina.

César França, que virá do Canadá justamente para se reunir com o mandatário atleticano, frisou que desde que o engenheiro-chefe da Lanik I.S.A. voltou para a Espanha, terça-feira passada, as obras pararam e a previsão quanto ao prazo de conclusão de instalação do teto retrátil é cada vez mais pessimista. Se não houver agilidade no processo, a tampa do caldeirão ficará pronta somente em meados de março.

“Depois que o meu engenheiro-chefe saiu, na semana passada, a obra parou praticamente. Apenas duas vigas foram içadas e nada mais. Conversei com o Mário (Celso Petraglia) por telefone e vamos sentar amanhã (hoje) para tentar desatar uma estratégia para resolver isso de uma maneira que seja mais rápido para nós empresa, quanto para o clube. Segundo o cronograma que fizemos, a obra deve ser finalizada somente em março se continuar assim”, explicou França.

Com o acordo firmado para a Lanik I.S.A. supervisionar a instalação do teto retrátil até o dia 5 de dezembro ao custo de 94 mil euros depositados em juízo, um novo contrato deverá ser discutido entre as partes para estender o período de trabalho da empresa. Segundo França, diante do cenário atual e tendo que contratar empresas terceirizadas, o Atlético deverá gastar mais do que os 418 mil euros pedidos pela empresa espanhola para entregar a tampa do caldeirão no prazo.

“Quando propusemos esse valor, o Atlético foi à Justiça, mas com certeza a instalação agora vai ficar muito mais cara e pode chegar até um milhão de euros. Por isso, vamos sentar e tentar um novo acordo. As obras estão praticamente paradas e não posso deixar meu pessoal que veio da Espanha assim, à disposição do Atlético, mas sem produção nenhuma. O custo é muito elevado”, pontuou o diretor executivo da Lanik I.S.A..

Além disso, outros pontos serão tratados no encontro. “Vamos tentar esse acordo em parceria com o Atlético e ver qual a solução que poderá ser encontrada. Mas o que mais me assusta é a falta de segurança aos operários e a falta de produtividade no processo, ou seja, o entrave é como está sendo gerenciado tudo isso”, detalhou.

Situação atual

Com as obras praticamente paradas, segundo a Lanik I.S.A., somente duas vigas foram içadas e, segundo o cronograma inicial, ontem a terceira viga deveria ter sido elevada até a parte superior da Arena, mas não aconteceu. “Está existindo um problema interno do Atlético com as empresas contratadas, mas não sabemos do que se trata. Vamos nos aprofundar sobre isso também durante a reunião”, arrematou França.