Retrospecto mostra que Furacão não consegue virar resultados

A derrota no último sábado já era esperada em razão da atual fase do Atlético. Principalmente por três fatores: pelo futebol apresentado diante do Chivas, na Copa Sul-Americana; pelo clima criado dentro do próprio grupo após a eliminação daquela competição, no qual jogadores cobraram, em público, mais determinação dos colegas; e pelo retrospecto rubro-negro como visitante.

Aliado a tudo isso ainda há o constante problema de ordem médica que, a cada rodada, mina o elenco e impossibilita qualquer treinador de montar uma equipe competitiva e com seqüência de trabalho. Também pode-se citar a falta de auto-estima do grupo, que se abate com facilidade.

É nítido que o time não tem forças para superar a falta de qualidade e entrosamento e conseqüentemente não consegue reverter resultados. Provas desta fraqueza são dadas a cada confronto. Basta fazer um raio-X dos resultados obtidos pelo Atlético neste Brasileirão.

Em 28 rodadas, o time não conseguiu sequer uma virada no placar que, ao menos, justificasse superação dos jogadores em campo. A única vez que esboçou reação foi diante do Palmeiras, em 31 de agosto, na Arena, quando ao sofrer o primeiro gol alviverde buscou o empate. Porém, no final, o Rubro-Negro sucumbiu por 2 a 1.

Fragilidade

Outra evidência da falta de poder de fogo do Rubro-Negro é que por 11 vezes o time saiu perdendo e aceitou o resultado até o final. E em todos esses jogos não teve competência de anotar um golzinho sequer.

Em outras duas oportunidades, a equipe da Baixada largou na frente, mesmo atuando fora de casa. Entretanto, não teve como segurar os adversários e sofreu viradas no placar,diante de São Paulo (Morumbi) e Vitória (Barradão).

Não demonstrou força ao igualar-se em 0x0 contra Figueirense e Grêmio, na Arena, e também ao ceder o empate por 5 vezes, mesmo marcando seu gol antes do adversário e, aparentemente, mandar na partida. Para finalizar, o “destaque positivo”. Por 7 vezes, a equipe saiu na frente e manteve o resultado.

Segundona?

Os números apresentados são frios e refletem o que é o Atlético neste momento: um time que não demonstra vontade de vencer e, por isso mesmo, não vence. Agora, nesta reta final do Brasileirão, caberá a Geninho e sua comissão técnica terem a capacidade para reverter esse quadro.

Eles têm 10 rodadas para colocar ordem na casa e mudar a dinâmica dos seus comandados para que se tornem um grupo vencedor. Caso contrário, a Segundona está com as portas abertas para o time paranaense.

Que a mudança de atitude comece contra o Fluminense no próximo sábado. É o que a nação rubro-negra espera.