Reservas do Tricolor e do Adap comemoram empate

Cumprindo tabela com o time B, o Paraná Clube buscou um resultado satisfatório no encerramento da 1.ª fase do estadual. Diante de um adversário que também usou vários reservas, o Tricolor saiu perdendo, mas no finalzinho alcançou o empate em 2 a 2 com o Adap Galo, em Maringá. O placar também foi bom para a equipe do interior, que confirmou o primeiro lugar desta etapa.

O ponto obtido aos 46 do 2.º tempo, com o gol de Lima, não alterou a posição paranista – o Tricolor perdeu um posto para o Coritiba e acabou em 6.º lugar, no mesmo grupo do Adap Galo, do próprio Coxa e de Cascavel ou Rio Branco, dependendo do que decidir o tapetão. Mas a própria classificação paranista estará em jogo hoje, quando o pleno do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) julga o recurso do caso dos tricolores que jogaram duas vezes em 24 horas, diante de Cobreloa e Cianorte. Na improvável hipótese de perder 6 pontos, o Paraná estaria eliminado.

O jogo de ontem tinha cara de amistoso para o Tricolor, assegurado na segunda fase após a rodada do meio de semana. A vaga antecipada deixou o técnico Zetti à vontade para poupar não só os titulares como alguns reservas imediatos, como Goiano, Vinícius Pacheco, Alex e Joelson, para o jogão contra o Flamengo, quarta-feira, pela Copa Libertadores.

Com improvisações como a do jovem lateral-direito Araújo no meio-campo, o Tricolor foi inferior ao Adap Galo em todo o primeiro tempo. Embora tivesse um total de 12 desfalques, entre suspensos, lesionados ou poupados, o líder do estadual mostrou uma equipe encorpada, que se destacava pela marcação implacável no gramado pesado pela chuva.

Artilheiro e reação Superior, o Adap Galo abriu o placar com o artilheiro Adriano, que depois de empurrar sutilmente o marcador Parral tocou no canto de Marcos Leandro. Pouco depois, o mesmo Adriano faria seu 12.º gol no estadual, ao converter um pênalti duvidoso: 2 a 0.

O Tricolor, que só havia levado perigo em tiros de longa distância, ressuscitou com ajuda do zagueiro Marcelo Xavier, que furou na área após cruzamento de Lima. Jeff ficou à vontade para tirar do alcance do goleiro Carlão.

Animado, o Paraná foi melhor no segundo tempo.

O time de Maringá se encolheu e tentou os contragolpes – ainda perdeu boas chances de matar o jogo. Mas, sem criatividade e muitas vezes com poucos jogadores na área adversária, o Tricolor não transformava a pressão em oportunidades claras de gol. Até que o garoto Everton fez bela jogada e serviu Lima, derrubado na área antes do arremate. O próprio Lima cobrou o pênalti e marcou após o rebote do goleiro: 2 a 2 e satisfação de ambos os lados.

CAMPEONATO PARANAENSE
1ª FASE – 15ª RODADA
SÚMULA
Local: Willie Davids (Maringá).
Horário: 16h.
Árbitro: Marcos Daniel de Camargo.
Assistentes: Gilson Bento Coutinho e Rogério Oliveira Costa.

ADAP-GALO 2×2 PARANÁ CLUBE

ADAP-GALO
Carlão; Alex Noronha, Marcelo Xavier e Carlinhos; Deivi, Cícero, Doriva, Barbiéri e Ramón; Adriano e Marcelo Peabiru. Técnico: Itamar Bernardes.

PARANÁ
Marcos Leandro; Parral, Toninho, João Paulo e Digão; Araújo, Serginho, Renan e Éverton; Jeff e Lima. Técnico: Zetti.

Advogados tentam manter vaga no tapetão

A vaga foi garantida em campo na semana passada, mas o Paraná convoca seus advogados para assegurá-la hoje no tapetão. Apesar da contrariedade em ir ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) por ser vítima de um calendário insano, o Tricolor não acredita na condenação e conseqüente perda de 6 pontos.

Acusado de desrespeitar o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) ao usar três atletas em jogos com intervalo inferior a 66 horas (Xaves, Goiano e Lima jogaram alguns minutos contra o Cobreloa, no dia 7, e enfrentaram o Cianorte no dia seguinte),

o Paraná foi absolvido por unanimidade pela 3.ª Comissão Disciplinar no TJD-PR. O procurador Gustavo Bizinelli, responsável pela denúncia inicial, entrou com recurso para que o caso fosse novamente julgado em instância superior – o pleno do TJD-PR.

Se a lei for interpretada ao pé da letra, o Paraná sequer deveria ter entrado em campo. O artigo 81 do Regulamento Geral das Competições da CBF, que norteou a denúncia, impede tanto jogadores quanto clubes de entrar em campo em intervalos menores que 66 horas. A FPF repetiria o erro ao marcar os jogos do Tricolor diante de Roma e Iguaçu para dois dias seguidos – mas desta vez não houve denúncia. O Paraná vê certa má vontade do tribunal. ?Colaboramos com o campeonato, que tinha poucas datas. Só queremos disputar, jogaremos onde a tabela determinar. Parece que existem interesses contrários à federação?, afirmou o presidente tricolor, José Carlos de Miranda.

Cabeça na Libertadores

O Paraná Clube volta a respirar integralmente a Copa Libertadores. O time principal, poupado na partida de ontem, treina hoje em preparação para o jogo contra o Flamengo, quarta-feira, na Vila Capanema.

O técnico Zetti espera contar com Dinelson e Henrique, que dependem de avaliações médicas.

O meia sofreu lesões nos dois tornozelos e está em recuperação, enquanto o atacante melhorou da contusão muscular, mas perdeu condição física ao ficar quase três semanas parado.

Apesar da volta à maratona da Libertadores – na outra quarta, dia 21, o Tricolor enfrenta novamente o Flamengo no Maracanã – , o técnico Zetti adiantou ontem que o time principal deve ser usado em todos os jogos do Paranaense.

?O objetivo maior era classificar. A partir de agora, quando der entramos com o time mais forte no Paranaense?, falou o técnico.

Ingressos

Pela última parcial enviada pelo clube, na manhã de sábado, ainda restavam 8.500 ingressos a serem vendidos para o jogo contra o Flamengo (metade da carga total). Amanhã, os outros dois integrantes do Grupo 5 – Unión Maracaibo e Real Potosí -, se enfrentam na Venezuela.

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