Recordista no paraquedismo e motociclismo é rubro-negra

Detentora de diversos recordes brasileiros de paraquedismo e única mulher a correr o circuito de motovelocidade APSBK, categoria SS 750, Tati Berger, 29 anos, não é uma rubro-negra de berço, mas adotou o Atlético como seu time de coração quando veio morar em Curitiba em 1997.

E a ligação com o Furacão começou ao assistir os treinos da equipe na antiga Baixada. “Quando vim morar em Curitiba, coincidentemente morei atrás do campo do Atlético, antes da Arena nova. Fui morar com um primo que era torcedor do Atlético e passei a acompanhar”, comenta a loiríssima, natural de Coronel Vivida, sudoeste do Estado, que é advogada e trabalha numa multinacional.

Atualmente devido às provas de motociclismo e ao calendário apertado, ela não tem acompanhado muito de perto o seu clube, mas jura que estará no estádio amanhã para incentivar o Atlético a mais uma vitória no Brasileirão. “Aposto em 2 a 0”, provoca.

A vontade de torcer pelo Furacão ganhou impulso quando passou a frequentar os jogos e a identificar-se com a força da torcida rubro-negra.

“Eu gosto de futebol e, principalmente, da vibração e energia da torcida. É muita vibração, muito explosiva, muito forte. Ela está sempre junto do time. Parece uma família. Acredito que, por isso, me identifiquei”, contou para, em seguida, completar: “Morei em São Paulo e fui em alguns jogos lá. Acho a torcida do Atlético diferente de tudo”.

Para ela, a grande relação existente entre suas práticas esportivas radicais e o Furacão está no sentimento de como o momento é vivido.

“A paixão que a torcida tem pelo time equivale à paixão que tenho pela moto e pelo paraquedismo”, diz.

Tati pratica paraquedismo há 14 anos, desde que morava no interior do Estado. Por isso já conquistou três recordes brasileiros e tem larga experiência.

Já a motovelocidade é uma novidade. Ela corre há exatamente um ano, numa categoria extremamente veloz -que atinge 300 quilômetros por hora no final da reta de determinados autódromos -, e luta contra o predomínio dos homens. Ela começou meio que sem querer, pois queria apenas andar nas ruas com um grupo de amigos.

Porém a aquisição de uma moto potente aliada às aulas no autódromo fizeram com que mudasse de ideia. “A moto era para andar com meus amigos, para passear. Só que eu não conseguia dirigir uma 750 e fui fazer um curso (de pilotagem). Para ensinar eles levam no autódromo que é um lugar seguro. Jamais imaginei que fosse correr. Acabei curtindo e comecei a correr”, explicou.

Hoje ela é a única mulher a competir em sua categoria e ocupa a 2.ª colocação, faltando apenas uma etapa para o encerramento do calendário. A prova acontecerá no final de novembro.

Tati ressalta que o aprendizado do esporte é levado para toda a vida. “Tudo que você aprende no esporte leva de alguma forma para a vida pessoal e profissional. A questão dos desafios, de superar limites; acho isso tudo muito importante”, analisou. Ah, voltando ao Atletiba, Tati acredita que Paulo Baier vai ser a figura central do clássico. “Ele joga muita bola”, concluiu.