Real goleia o Barcelona por 4 a2

Madri – Ronaldo não sabia o que era fazer um gol no Santiago Bernabéu há mais de 80 dias – aliás, não marcava em estádio nenhum fazia mais de um mês. Também não jogava uma boa partida há algum tempo. Mas desde o início da carreira sempre marcou presença em momentos decisivos e tinha certeza de que essa ?rotina? iria se repetir ontem, no clássico entre Real Madrid e Barcelona, vital para seu time e até para que o Campeonato Espanhol continuasse a ter graça. Não deu outra.

Ronaldo teve grande atuação, fez o passe para o primeiro gol, marcou o segundo (de cabeça!), ajudou os companheiros na hora de defender. Enfim, foi decisivo nos 4 a 2 do Real.

Uma vitória que reabre a briga pelo título espanhol. O Barcelona de Ronaldinho Gaúcho – que alternou bons e maus momentos ontem – segue na ponta, é verdade. A vantagem é boa, seis pontos (69 a 63). Mas uma derrota para o maior rival na reta final do campeonato – faltam sete rodadas -, pode abalar os catalães. Aí…

Ronaldo foi importante, assim como foram importantes o técnico Vanderlei Luxemburgo (a decisão de escalar três atacantes, Ronaldo, Owen e Raúl foi fundamental para desmontar a fraca defesa do Barça), o sempre lúcido Zidane, o eficiente Beckham, o ousado Roberto Carlos, o seguro Casillas…

Mas para Ronaldo a vitória foi especial, principalmente por seu desempenho. ?Eu precisava do gol, de voltar a marcar?, disse. ?E quebrei a má fase com um gol de cabeça, coisa rara para mim.??

De novo aplaudido pela torcida do Real, ele promete lutar pelo título até o fim. ?Ganhamos uma partida fundamental. Estamos aí e ainda faltam muitos jogos. Temos de manter o espírito que mostramos hoje. Não sei se o Barcelona vai ficar com medo, mas temos de continuar pensando em ganhar tudo que falta.??

Ontem, Zidane marcou aos 7 e Ronaldo fez 2 a 0 aos 20 minutos de jogo. Eto?o diminuiu aos 29, mas aos 47 Raúl fez o terceiro do Real. A etapa final foi dominada pelo time madrilenho, que fez o quarto com Owen, aos 20 minutos. Ronaldinho Gaúcho, de falta, marcou o seu aos 28, mas, já sem Eto?o – machucou o joelho direito e pode ficar até oito semanas fora -, o Barcelona não conseguiu reagir.

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