O empresário Aurélio Almeida tenta a última cartada para manter vivo seu Real Brasil. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julga hoje o recurso da punição imposta ao clube no caso Erinaldo.
Em março, o pleno do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) suspendeu o Real por 360 dias e tirou-lhe 12 pontos no Estadual-2008 pela escalação de Erinaldo da Silva Santos, que jogou com a identidade falsificada de seu irmão Emerson. Assim, o time de Aurélio foi rebaixado no lugar do Iguaçu, penúltimo colocado no Campeonato Paranaense.
Para o advogado do Real, Alexandre Chemin, o objetivo principal é salvar o time da suspensão. Ele afirma que ficar um ano parado é o mesmo que fechar as portas. ?Temos 90% de certeza de que nos livraremos da suspensão. Mas também estamos confiantes em reverter a perda dos pontos?, falou o defensor.
A tese é que o Real desconhecia a passagem de Erinaldo pelo Iguaçu com o nome de Emerson, no início do Estadual. O time de Aurélio perdeu os pontos porque um jogador não pode atuar por duas equipes no Paranaense. Se os pontos forem devolvidos, o Iguaçu cai para a Divisão de Acesso.
A procuradoria do TJD-PR também não gostou da decisão do pleno e recorreu ao STJD, pedindo endurecimento das penas. No julgamento inicial, a 1.ª Comissão Disciplinar do TJD-PR suspendeu o Real por dois anos.
O STJD também julga hoje o próprio Erinaldo, que confessou ter adulterado documentos e assim se passar por mais jovem. Ele levou pena de 900 dias no TJD.
Se o gancho ao Real for confirmado, o polêmico Aurélio tem uma carta na manga: ele detém a marca do tradicional Grêmio Maringá e pretende inscrever o time na 3.ª divisão paranaense.